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Ex-deputado espalha outdoors em cidade para agradecer orações

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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Desde a última terça-feira, quem circula pelas ruas de Guarapuava, na região central do Paraná, se depara com outdoors do ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho, de 26 anos, agradecendo às orações que recebeu pela recuperação de sua saúde. Com a frase “Agradeço a Deus pela vida e a todos que estão orando por mim”, os cerca de 20 outdoors, ao custo médio de R$ 200 cada, ficarão expostos por duas semanas nas principais ruas centrais e dos bairros de Guarapuava.

Para Gilmar Yared, pai de Gilmar Rafael, 26 anos, uma das duas vítimas mortas no acidente envolvendo o ex-deputado (a outra vítima foi Carlos Murilo de Almeida, 20 anos), os outdoors fazem parte de uma estratégia para sensibilizar a opinião pública.

O ex-deputado é acusado de dirigir em alta velocidade, depois de beber, e causar o acidente com o veículo onde estavam os dois jovens - os jovens Gilmar Rafael Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20 anos. A colisão ocorreu há dois meses, em Curitiba. E, devido à repercussão do caso, Carli Filho acabou renunciando ao cargo de deputado estadual – a primeira renúncia na história da Assembleia Legislativa do Paraná.

“É uma estratégia para que ele se transforme em uma pessoa arrependida e para mobilizar a opinião pública a seu favor. Mas nada vai esconder ou mudar os fatos. Ele estava dirigindo em alta velocidade, embriagado, e é isso que tem que ser deixado bem claro. O outdoor vai sensibilizar alguns, mas a população tem que julgar os fatos”, disse Gilmar Yared ao G1 nesta quinta-feira (9).

A mãe de Gilmar Rafael, Cristiane Yared, falou sobre a morte do filho: “Estamos muito sentidos, a dor é recente. Ele cortou os sonhos do nosso filho. Agora, temos que levar a vida adiante e tirar algo de útil de tudo isso para os que estão vivos. Vamos ensinar as crianças qual o caminho em que elas devem andar, para que haja pessoas mais dignas ao volante no futuro. Queremos que sejam cidadãos, antes de serem motoristas”.

O advogado da família, Elias Mattar Assad, diz que a manifestação do ex-deputado é direito dele, mas não acrescentará nada de útil ao processo. “Nunca vi um réu agir dessa forma. Do ponto de vista do processo, é irrelevante. Ele deve ter feito isso por questões religiosas”.

O G1 tentou entra em contato nesta quinta-feira (9) tanto com o assessor quanto com o advogado de defesa do ex-deputado, mas sem sucesso.

Imagem pública

Segundo especialistas em comunicação, as recentes manifestações públicas de Carli Filho indicam que ele começa a trabalhar para resgatar sua imagem pública.

Há duas semanas, o pai de Carli Filho, o prefeito de Guarapuava, Fernando Ribas Carli (PP), agradeceu a todas as mensagens de apoio e afirmou que o filho poderá voltar à política. Dias atrás, Carli Filho disse estar em busca de sua “missão” na Terra, demonstrou apego à religião após o acidente e afirmou esperar não ser alvo de um pré-julgamento.

Ao contrário das escassas manifestações dos Carli Filho até agora, nesses dois meses os familiares das vítimas do acidente realizam uma série de protestos e aparecem frequentemente na mídia para cobrar providências no caso.

O consultor de marketing Hudson José afirma que a sociedade começa a assistir a uma “guerra de mídia”, em que a figura do ex-deputado vai voltar aos meios de comunicação, depois de um distanciamento enquanto ele esteve internado.

Hudson José considera que as estratégias usadas por Carli Filho estão sendo corretas, do ponto de vista do marketing, para a recuperação de sua imagem. “Ele está se mostrando humano, frágil, fortalecendo sua figura como filho, e demonstrando fé”, afirma o consultor. “Tudo isso vai pesar no andamento do processo e do julgamento.”

Para o jornalista e consultor em gerenciamento de crises Carlos Brickman, o caso é complexo porque envolve morte. “Tudo bem ele espalhar cartazes agradecendo pelas orações. Mas quem vai orar pelos que morreram?”, questiona Brickman. Ele afirma que todos os fatos que envolvem pessoas públicas podem ser vistos de diversas maneiras. Neste caso, diz o consultor, o importante seria que Carli Filho emitisse uma carta pública afirmando que errou ou então que tentasse provar, por meio do inquérito policial, que não estava embriagado nem em alta velocidade.

Fonte: G1

Deputado usou sua cota de viagens aéreas para levar bandas gospel a show em Brasília

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segunda-feira, 18 de maio de 2009

timthumb.jpgA cota de passagens aéreas do deputado licenciado Robson Rodovalho (DEM-DF) foi usada para trazer a Brasília duas das principais atrações de um show evangélico apoiado por sua igreja, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra. A Câmara pagou passagem para oito integrantes da banda de rock cristão Oficina G3 e o rapper DJ Alpiste.


Eles voaram de São Paulo até a capital federal para participar da segunda edição do "Desperta, Brasília", promovido no dia 31 de agosto de 2007, no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Para assistir ao evento, cada pessoa pagou R$ 10 ou entregou um quilo de alimento, que foi distribuído a famílias carentes, segundo o organizador do show, Gleison Willy, membro da igreja de Rodovalho.


Procurado, o deputado Rodovalho (DEM-DF) enviou uma nota ao site em que afirma ter usado sua cota dentro da lei, mas que, mesmo assim, irá devolver todas as despesas feitas por ele desde que assumiu o mandato, em janeiro de 2007, até torna-se secretário do Trabalho, em abril de 2008.


Rodovalho afirma que os shows, marchas e seminários, como o 2º "Desperta, Brasília", serviram para propagar "princípios e valores de consciência da família". Diz que essa prática é "forma democrática de participação popular e formação de cidadania pelos mais diversos segmentos sociais representados no Congresso Nacional".


Apesar disso, Rodovalho promete devolver à Câmara valor equivalente aos créditos utilizados de sua cota parlamentar para viagens de terceiros e abrir mão de gastá-los daqui por diante. "Por ser parlamentar representante do povo de Brasília e aqui residir, é dispensável o uso de cotas de passagem aéreas", termina a nota enviada pelo deputado e atual secretário de Trabalho do Distrito Federal.


Como parlamentar do DF, Rodovalho tinha direito a R$ 4.705,72 em passagens aéreas. Com a redução de 20%, promovida pela Câmara após a divulgação da série de reportagens sobre a farra das passagens, esse valor caiu para R$ 3.700 aproximadamente. Registros das companhias aéreas aos quais o Congresso em Foco teve acesso mostram que o deputado aparece como passageiro em apenas um dos 164 voos feitos com sua cota no período de março de 2007 a outubro de 2008.


Para entrar no show "2º Desperta, Brasília", era necessário levar um quilo de alimento ou R$ 10. Segundo o produtor do evento, Gleison Willy, os mantimentos eram entregues a instituições beneficentes.


Ele diz que o evento não teve patrocínios, embora uma propaganda de rádio da época anunciasse como patrocinadores o as empresas do grupo Paulo Octávio e o site do bispo Rodovalho. "Como não teve patrocínio colocamos ingresso que pagou a estrutura do evento e dei a contribuição ajudando na produção", escreveu Gleison.


Rodovalho argumenta que os recursos arrecadados foram para a Frente Parlamentar da Família, presidida por ele. "A Câmara não paga nada. Nem sala eles nos dão", disse o deputado ao site, por telefone.Segundo Gleison, o evento não se resumia a música, embora tenha reunido grupos de rock, rap, funk e axé. "Além das músicas, tivemos conscientização da Frente parlamentar da família, [com] palavras sobre a valorização da família", informa o produtor do show. De acordo com o produtor, é por isso que optaram por escolher "músicos que reunissem vários jovens" num só local.


O bispo Rodovalho afirma que todos os demais passageiros informados pelo Congresso em Foco vieram participar de eventos promovidos pela Frente da Família. Nenhum teria vindo para participar de cultos em sua igreja.


A cantora Heloísa Rosa esteve num culto da igreja de Rodovalho em 9 de setembro de 2007. Mas, segundo o bispo, ela participou de um evento da frente e aproveitou a ocasião para ir à Sara Nossa Terra.


Fonte: IG

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