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Papa diz que igreja não pode interferir na vida dos Gays

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sábado, 21 de setembro de 2013

Em declaração que para muitos significa grande avanço nos conceitos da Igreja Católica, o papa Francisco disse que a religião tem o direito de expressar suas opiniões, mas não pode "interferir espiritualmente" nas vidas de gays, lésbicas e divorciados.

Tais opiniões foram proferidas em três entrevistas concedidas pelo Papa, em agosto último, ao editor-chefe da revista jesuíta italiana La Civiltà Cattolica, frei Antonio Spadaro.

De acordo com o Papa, nas conversas que ocorreram em sua residência no Vaticano (a Casa Santa Marta) e que foram publicadas ontem, a Igreja precisa "acompanhar com misericórdia" os gays e os divorciados, levando em consideração "suas condições de vida reais". É necessário, segundo o Pontífice, um "novo equilíbrio" para que a Igreja "não caia como um castelo de cartas".
— Uma pessoa certa vez me perguntou, de maneira provocativa, se eu aprovava a homossexualidade. Retruquei com outra questão: quando Deus olha uma pessoa gay, ele endossa a existência dessa pessoa com amor, ou a rejeita e condena? Devemos sempre considerar a pessoa — afirmou.

A respeito da atuação que a Igreja mantém a esse respeito, Francisco pediu uma mudança de atitude:

— Não podemos insistir somente em questões relacionadas a aborto, casamento gay e uso de métodos contraceptivos. Isso não é possível.

E completou:

— Quando falamos sobre essas coisas, temos de falar delas em um contexto. O ensinamento da Igreja nessa questão é claro e eu sou um filho da Igreja, mas não é necessário falar todo o tempo desses assuntos.

O Papa ainda contou que, quando era arcebispo de Buenos Aires, recebia cartas de gays que reclamavam por se sentirem condenados pela Igreja. Disse, porém, que isso não deve ser assim.

Outro sinal de avanço manifestado na entrevista: as mulheres devem assumir um "papel-chave" nas decisões da Igreja. E mais um tema sensível foi abordado: a posição política do Papa. Desde que assumiu, se viu obrigado a mostrar que, ao contrário do que dizem alguns argentinos (em especial, o jornalista Horacio Verbitsky), ajudou perseguidos pela ditadura militar (de 1976 a 1983). Pois Francisco tratou de dizer que não é conservador em termos políticos e que "jamais" foi "de direita".

Lembrando a época em que atuou como superior da ordem jesuíta, diz que teve uma "maneira autoritária e rápida de tomar decisões" e que isso o teria deixado com a imagem de "ultraconservador". Reconhece que na época, justamente em razão dessa maneira de agir, passou por uma crise interna.

— Certamente não fui como a beata Imelda, mas jamais fui de direita. Foi a minha maneira autoritária de tomar decisões que me criou problemas — admitiu o Pontífice.

informações de zero hora

Comunidade da Rocinha RJ tem 7 igrejas Católicas e quase 40 Evangélicas

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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, representa um retrato do desafio vivido pela Igreja Católica no Brasil. De acordo com o último Censo, de 2010, na comunidade vivem cerca de 70 mil pessoas. Existem sete capelas católicas e quase 40 templos evangélicos.
“Três padres em uma realidade tão grande como a Rocinha é pouco, mas a gente insiste, investe, na formação do leigo, para que ele tenha maturidade na fé e possa assumir a sua fé também como missionário, como evangelizador”, diz o Padre James.
Para fazer frente à multiplicação de igrejas pentecostais na comunidade, os evangelizadores da Rocinha mudaram de estratégia. “A ideia é acolher esse povo. É um povo sofrido, um povo carente, que precisa de carinho e atenção. Assim como nas igrejas evangélicas eles fazem isso, eu acho que a gente está redescobrindo esse novo modelo de fazer essa acolhida”, afirma a catequista e cabeleireira Lia Barbosa.

O Papa Francisco quer a igreja mais próxima das comunidades, das periferias. É uma das estratégias para tentar conter a perda de católicos, que foi acentuada nas últimas décadas.
“Houve uma perda significativa de 600 ou 700 mil fiéis por ano, em duas décadas. Houve também a evasão dos que não eram católicos”, afirma o teólogo Fernando Aytemeyer.
A perda de fiéis tem suas raízes no processo de urbanização do país, que ganhou impulso no final dos anos 70. “Até a década de 70, a população era majoritariamente católica. Mais de 90% da população se declarava católica. Com as mudanças que marcam esse período no Brasil, com migrações para o Sul e Sudeste, houve uma mudança socioeconômica. É um período que marca um declínio proporcional dos fiéis católicos e aumento do número de evangélicos”, explica o gerente de estimativas populacionais do IBGE Cláudio Crespo.
“Nossas cidades incharam. Nós tínhamos um número limitado de sacerdotes e de religiosos em geral. O número de vocações não cresceu - para os padres e para as religiosas - proporcionalmente ao crescimento da população. Então é claro que parte dessa população ficou descoberta no atendimento espiritual, no atendimento pastoral. E é claro que, normalmente, as igrejas evangélicas, sobretudo neopentecostais, se dirigiram para as periferias das nossas cidades”, explica Dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e cardeal de Aparecida.

O fenômeno se traduz em números impressionantes. Em 1950, o Brasil tinha 93,5% da população de católicos e 3,4% de evangélicos. Em 2010, esse número chegou a 64,6% de católicos e 22,2% de evangélicos.
O cardeal Dom Geraldo Majella, arcebispo emérito de Salvador, faz um 'mea culpa': “É uma acomodação da parte nossa, de nossos presbíteros, que não foram suficientemente à periferia. É possível reverter essa acomodação, desde que o próprio sacerdote se empenhe, tome consciência, e comece a falar. Ele será bem sucedido”, ressalta.
É um momento delicado para a Igreja de Roma. O Brasil, que reúne o maior número de católicos no mundo, não é o único país da América Latina a sofrer uma perda acentuada de fiéis. Isso foi levado em conta no conclave que escolheu o Papa Francisco, em março deste ano.

O fato de o pontífice ser da região significa uma vantagem, na visão do cardeal Dom Cláudio Hummes. “Esse papa, que é daqui da América Latina, que conhece, portanto, todo esse fenômeno novo na América Latina, está muito por dentro e conhece bem, tem o discernimento sobre esse fenômeno. Claro que não se trata, e ele também mostra isso claramente, de fazer qualquer tipo de competição ou muito menos de confronto com as outras igrejas. A Igreja Católica sempre defendeu a liberdade religiosa, a liberdade de consciência, isso é sagrado pra nós”, destaca.

Já nos seus primeiros momentos de pontificado, ele manda uma nova mensagem para a Igreja, para que vá às periferias. Para Dom Cláudio Hummes, isso significa que ele começou dando os primeiros sinais fortes do seu modo de querer governar a igreja quando ele assumiu o nome de Francisco: “Ele explicou logo depois que queria muito uma Igreja pobre e para os pobres. Mas não apenas onde os pobres são uma estatística, onde eles são pessoas. Ele fala muito das periferias, que a igreja que deve se aproximar, deve sair, ir na direção sobretudo dos pobres”.
Os sinais de mudança têm sido muitos e frequentes, em poucos meses de pontificado. Logo depois de celebrar a primeira missa como Papa, Francisco mostrou a disposição de estar perto dos fiéis. “Ele sai para a porta, abraça todo o povo, sem nenhum problema de segurança, a segurança estava apavorada porque ele simplesmente entrou no meio do povo, saiu pela porta do Vaticano para a rua”, conta Dom Cláudio Hummes.

"Eu acho que estamos diante de uma personalidade que tem sintonia com pessoas reais. Isso em um mundo onde tudo é meio Big Brother, ele diz que quer conversar com a pessoa como se ela fosse a pessoa mais importante de sua vida. Não importa se é um cardeal ou um menino de rua. Eu acho que isso é inédito”, explica o teólogo Fernando Aytemeyer.

informações de GloboNews

Papa quer recuperar fiés que se converteram a igrejas evangélicas

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A visita do Papa Francisco ao Brasil para a JM da Juventude esta sendo visto pela mídia mundial como uma oportunidade do Pontífice reaver os fieis conquistados pelas Igrejas Evangélicas no país. O Le Monde fez matéria retratando esta situação.
Com o título “O Brasil, terra de reconquista da Igreja”, Le Monde publica um especialde três páginas sobre a visita do papa Francisco ao país para a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. “No país mais católico do mundo, a Igreja Romana sofre com a concorrência das igrejas evangélicas, em plena expansão. O papa Francisco (…) conseguirá reconquistar os fieis?”, pergunta o jornal francês em sua edição desta quarta-feira(17).

O correspondente do jornal no Rio de Janeiro, Nicolas Bourcier(foto), assina uma longa reportagem sobre o declínio do catolicismo e o sucesso das igrejas evangélicas no Brasil. Ele lembra a primeira visita de um papa ao país, a viagem triunfal de João Paulo 2° em 1980, quando 89% dos brasileiros se diziam católicos.

Já o papa Francisco chega ao país em um contexto bem menos favorável ao Vaticano: 64% dos habitantes se declaram católicos, segundo dados do IBGE, e o Brasil se tornou em poucos anos a segunda maior nação pentecostal do mundo, perdendo somente para os Estados Unidos. “De um lado, ela [a Igreja] não conseguiu evitar sua erosão numérica diante das igrejas evangélicas, cuja inventividade, proximidade e dinâmica de crescimento não cessam de preocupar os bispos. De outro lado, ela teve sua imagem prejudicada pelos escândalos de pedofilia e corrupção em série”, aponta o texto.

“Enquanto eram apenas 6,6% da população em 1980, os evangélicos, em seu conjunto, passaram para quase 25% da população, ou seja mais de 16 milhões de novos fieis”, afirma Le Monde, apontando que esse crescimento se deu principalmente nos centros urbanos e periféricos e entre a população mais pobre. O jornal afirma que essa tendência mostra como a Igreja católica foi incapaz de se adaptar às transformações da sociedade brasileira.

O texto diz que os recentes protestos no Brasil levaram o papa Francisco a centrar sua mensagem na luta contra a pobreza e a corrupção e pela redução das desigualdades. “Temas que não conseguirão impedir como por magia a erosão da fé católica, mas que permitirão à Igreja Romana formular novos objetivos mais sintonizados com a realidade brasileira”, analisa o jornalista Nicolas Bourcier. Ele aponta ainda o desafio para o papa Francisco de acabar com a divisão entre os padres do Norte e Nordeste, mais preocupados com a defesa dos direitos humanos, o desmatamento ilegal e o reconhecimento das terras indígenas, e o clero do Sul e do Sudeste, mais conservadores.

Obstáculos Le Monde enumera outras dificuldades no caminho do pontífice para reconquistar os fieis brasileiros: o país tem um déficit de mais de vinte mil padres, e os evangélicos ocupam mais terreno na mídia e no próprio Congresso, em uma estratégia ilustrada pela ascensão do pastor Marcos Feliciano, presidente da comissão de Direitos Humanos. “Em termos de estratégia, o papa Francisco escolheu visitar duas localidades do Rio de Janeiro – Guaratiba no Oeste e a favela de Varginha na zona Norte – onde os evangélicos proliferam. Dois lugares onde, como em tantos outros, a Igreja Romana parece distante, quando não ausente. Lugares que permitirão medir o tamanho da tarefa a ser executada pelo novo papa nesse que ainda é, apesar de tudo, o maior país católico do planeta”, conclui o texto.

O jornal traz ainda entrevistas com moradores católicos e evangélicos de Piraquê, em Guaratiba, onde será realizada a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, um evento que deve reunir dois milhões de pessoas. O especial do jornal Le Mondeinclui ainda uma análise sobre o pensamento jesuíta, “uma tradição sul-americana”. “A eleição do papa Francisco, primeiro representante da ordem a subir ao trono pontifical, traduz a importância da presença na região desses religiosos, que formam muitos integrantes da elite, de Fidel Castro ao subcomandante Marcos”, escreve o jornalista Paulo Paranaguá. O jornal publicou também um mapa que detalha a diplomacia planetária do Vaticano e mostra que a Santa Sé tem dificuldades para manter sua influência em quase todo o mundo, com exceção da Ásia.

informações de inforgospel e Le Monde
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