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Mundial de Futebol leva a Igreja à bola

domingo, 20 de setembro de 2009

/ by Admin
Publicado em 20 de setembro 2009
A Igreja da África do Sul lançou uma campanha que pretende contribuir para o sucesso do próximo Mundial de Futebol, que se vai realizar em Junho e Julho do próximo ano. Sendo a política "a acção do possível" e "nobre", os bispos entendem que, em todas as eleições, como na política normal, "o critério fundamental deve ser a pessoa humana concreta, servida e respeitada na sua dignidade e direitos. Assim poderá satisfazer também os seus deveres".

A iniciativa, denominada "Church on the ball" ("A Igreja vai à bola", em tradução livre), convidou as dioceses do país a apresentarem projectos que visem o acolhimento dos visitantes estrangeiros e a pastoral do desporto. Esses são os dois objectivos mais importantes. Há, porém, outras razões. Todas têm em conta o que um dos responsáveis da campanha, Toni Rowland, lembrou: "O futebol é considerado o desporto mais popular da África do Sul". Por isso, o Mundial de Futebol "terá um grande impacto na sociedade sul-africana em muitos campos, além do económico. Seria uma pena se o mundo secular, os meios de Comunicação Social e as empresas turísticas fossem as únicas organizações a estar presentes".

Os bispos sul-africanos esperam que aquele grande acontecimento desportivo sirva para unir as famílias e não só os homens nos bares: "Os jovens e os adultos, que normalmente são menos comprometidos nas suas paróquias, surpreender-se-ão ao ver a sua Igreja interessada em algo secular. Esperamos que isto os encoraje a participar na hospitalidade e, de alguma forma, no cuidado pastoral", referiu, oportunamente, aquele membro do Secretariado da Família e da Vida da Conferência Episcopal da África do Sul.

Toni Rowland explicou que os bispos sul-africanos tiveram em consideração as iniciativas pastorais e ecuménicas empreendidas pelo Episcopado alemão durante o último Mundial, realizado em 2006, nomeadamente através da oferta de ecuménicas celebrações religiosas em várias línguas.

À semelhança do que aconteceu na Alemanha, a Igreja Católica sul--africana está também preocupada com os efeitos negativos que o Mundial pode trazer, especialmente ao nível da prostituição e da droga. Outra preocupação é a do tráfico de pessoas, designadamente mulheres e crianças, que costuma verificar-se em grandes eventos desportivos. Sente-se essa preocupação na África do Sul e há congregações religiosas do país que já se pronunciaram sobre o assunto em várias ocasiões.

Grandes eventos desportivos podem ter aspectos negativos

"A pobreza, o desemprego e a falta de oportunidades são os problemas que mais alimentam o tráfico de pessoas", na África do Sul, afirma a irmã Melaine O'Connor à agência Zenit As crianças são o grupo de maior risco, já que as escolas fecharão durante o Mundial. Além da prostituição, o aumento do turismo pode implicar a sua exploração no transporte de droga e em acções de marketing desportivo, acrescenta a religiosa. Esses riscos não devem fazer esquecer a criatividade da pastoral do desporto.

de Rui Osório, jornalista e cónego em Jornal de Notícias
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