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Somali é acusado de tentar matar cartunista dinamarquês que retratou Maomé

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

/ by Admin
 Publicado em 04 de janeiro 2010

Um homem somali de 28 anos negou neste sábado a acusação de tentativa de homicídio por ter supostamente invadido a casa de Kurt Westergaard, o cartunista cujo desenho do profeta Maomé causou enormes protestos entre a comunidade muçulmana.

O homem, que foi baleado pela polícia do lado de fora da casa, nesta sexta-feira, chegou ao tribunal em uma maca.

Ele foi acusado de tentar matar Westergaard e um policial no local, na cidade de Aarhus.

Autoridades dinamarquesas disseram que o invasor tem ligações à milícia radical islâmica al-Shanab.

Westergaard estava em casa quando o homem invadiu o local, armado com uma faca e um machado.

O cartunista então pegou sua neta de cinco anos de idade e correu para um quarto especialmente designado para situações de emergência, onde acionou um alarme.
Westergaard disse ao jornal dinamarquês Jyllands Posten que estava chocado que sua neta presenciou o ataque. Ele foi levado para um local seguro, mas disse que voltará para casa, segundo o jornal.

“Eu me tranquei em nosso quarto seguro e alertei a polícia. Ele tentou arrombar a porta de entrada com um machado, mas não conseguiu”, disse o cartunista de 74 anos à agência de notícias dinamarquesa Ritzau.

“Ele usou insultos, não lembro quais, mas em linguagem ruim. Ele falava dinamarquês mal e terminou dizendo que voltaria”, disse.

O chefe do serviço de inteligência do país, Jakob Scharf, disse que o ataque foi “relacionado ao terror” e que o suspeito invasor já estava sob vigilância por atividades não relacionadas ao cartunista.

Ele foi baleado no joelho e no ombro após ameaçar os policiais que tentavam prendê-lo, mas não corre risco de morte, segundo a polícia.

Caricatura

A caricatura de Maomé foi publicada pelo Jyllands Posten em 2005, gerando violentos protestos no ano seguinte.

Uma das 12 caricaturas da série mostra o profeta com uma bomba em seu turbante.

Em 2006, o jornal pediu desculpas pelos desenhos, mas outros veículos europeus republicaram a série.

Embaixadas dinamarquesas foram atacadas por muçulmanos em várias partes do mundo e dezenas de pessoas morreram em manifestações.

Westergaard chegou a se esconder em meio a ameaças contra sua vida, mas voltou a aparecer no ano passado dizendo que gostaria de levar uma vida o mais normal possível.

A segurança da casa dele foi reforçada e o cartunista está sob proteção policial.

O correspondente da BBC, Malcolm Brabant, que entrevistou Westergaard quando ele voltou a público, disse que o incidente levantará questões sobre as medidas de segurança do serviço secreto dinamarquês para proteger o cartunista.

Militantes islâmicos ofereceram uma recompensa de U$ 1 milhão pela cabeça de Westergaard.

Fonte: G1

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