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23% dos católicos de Maringá e região se casam na igreja

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

/ by Admin
 Publicado em 10 de fevereiro 2010
A maioria da população é católica em Maringá e região, mas os casamentos celebrados pela Igreja representam 23% do total das uniões civis. Os padres das 52 paróquias dos 27 municípios abrangidos pela Arquidiocese de Maringá celebraram 1.122 casamentos em 2008 – dados mais recentes disponíveis, enviados ao Vaticano. Em igual período, foram firmadas 4.825 uniões civis, segundo o Registro Civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Uma das explicações da própria Igreja é que a minoria dos católicos é praticante. Pesquisa encomendada no ano passado pela Arquidiocese de Maringá apontou que 73% da população da cidade seguem a religião, mas só um terço admitiu ir às missas com frequência. Em 2000, o censo do IBGE apurou que 70,3% dos maringaenses eram católicos.

O porta-voz da arquidiocese, padre Orivaldo Robles, acredita que o avanço das igrejas evangélicas e a mudança de comportamento de quem se declara católico contribuem para o afastamento, até para a cerimônia de casamento, da religião fundada pelo apóstolo Pedro.

“Certamente a Igreja Católica já teve participação maior nos casamentos da cidade. Mas hoje você tem religião igual a supermercado. A Igreja Católica é só mais um componente à disposição do homem moderno, que não quer se comprometer. Atualmente, o cidadão monta um kit religioso, com ingredientes que acha mais interessante, e por isso temos perdido espaço”, diz.

“Alguém pode reclamar que há um curso para se casar na Igreja Católica. Mas é um curso simples, são orientações para os noivos. Costumo questionar: como que, para dirigir um veículo, o sujeito precisa estar habilitado, mas não se exige o mínimo grau de instrução para constituir uma família? Ninguém exige capacitação alguma para você casar, colocar os filhos no mundo. Tem cabimento?”, questiona.

Segundo casamento
Para o juiz de paz Silvio Lima, do 1º Registro Civil de Maringá, outra explicação está no estado civil dos noivos. “Hoje muita gente está se casando pela segunda vez. Para efeito de registro civil não há problema, mas no caso do religioso é diferente. As igrejas evangélicas são menos burocráticas quanto a isso”, diz, lembrando que sob a benção da Igreja Católica, um segundo casamento só pode ser celebrado se o primeiro for anulado pelo Tribunal Eclesiástico.

“Tenho visto muito homem casando pela segunda vez, com mulher solteira. É uma das coisas que mais tem acontecido em Maringá, e isso você não vai ver na Igreja Católica”, observa Silva.

Segundo os dados do IBGE, o perfil dos noivos mudou na cidade, com o crescimento porcentual de pessoas divorciadas e viúvas se casando novamente. Em 2008, do total de 2.644 casamentos civis em Maringá, 2.057 foi entre solteiros, representando 77,7%. Já em 2003, os casamentos entre solteiros na cidade correspondiam a 82,7% – de 1.866 casamentos, 1.544 foram entre casais solteiros.

A queda no porcentual de casais solteiros deve-se ao avanço de todas as demais uniões, em especial as que envolvem pessoas divorciadas com solteiras. Em 2008, o segundo lugar em tipos de uniões foi entre homens divorciados e mulheres solteiras: foram 246 casamentos desse tipo – 9,3% do total.

Em 2003, esse tipo de união representava 7,6%. O número de mulheres divorciadas que contraíram matrimônio com homens solteiros também subiu, passando dos 4,3% registrados em 2003, para 7,1% em 2008. O número de enlaces entre casais de divorciados também cresceu, de 3,8% em 2003, para 5,9% no ano retrasado.

Mais velhos
A faixa etária dos recém-casados também mudou em Maringá em um intervalo de cinco anos, conforme os registros do IBGE, indicando que a população está casando mais tarde. Entre 2003 e 2008, caiu o porcentual de noivas na casa dos 15 aos 24 anos.

Em 2003, as noivas maringaenses entre 20 e 24 anos tinham ampla vantagem, presentes em 38% das uniões. Em 2008, essa participação caiu para 30,7%, enquanto que o número de mulheres entre 25 e 29 subiu para 27,3%, ante os 22,3% registrados em 2003. Entre os homens, a mudança mais brusca também foi na faixa entre 20 e 24 anos. Em 2003, 30,4% dos noivos tinham essa idade, presença reduzida para 24,6% em 2008.
Fonte: odiariodemaringa

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