
A prisão aconteceu nesta sexta-feira (20), por volta de 18h, na comunidade Belo Monte, na calha do rio Purus, a duas horas de voadeira de Canutama, na divisa da cidade de Tapauá.
O grupo de indígenas levados por Pontes é formado por 14 e não 13 indígenas, como se acreditava anteriormente. Entre os 14 indígenas, sete têm menos de 18 anos.
O sargento Lenildo Silva Mota, chefe da 18º Delegacia de Polícia de Canutama, que participou da captura, disse que Pontes já havia se estabelecido na comunidade, novamente usando o nome falso de Alexandre Campos.
Conforme o sargento, os 11 indígenas não tinham água potável nem alimentação e o combustível da pequena embarcação na qual viajavam já estava se esgotando. “Eles não conseguiriam chegar em Lábrea”, disse.
Pregação
Na comunidade Belo Monte, segundo o sargento, Pontes havia convencido os membros de uma igreja evangélica que era, de fato, um pastor.
“Estava acontecendo um festejo na igreja. Ele já tinha feito até uma pregação na noite anterior. Descobrimos que ele continuava prometendo ajudar as pessoas com a intenção de angariar fundos para si próprio. Quando o prendemos ele estava todo arrumado, se passando como pastor”, disse o sargento.
Pontes deverá ser encaminhado para a delegacia de Lábrea na noite deste sábado (21).
Conforme o sargento, ele está preso por vários crimes: falsa identidade, estelionato, usurpação de função pública, maus tratos, rapto mediante fraude, sequestro e cárcere privado. “Ele proibia os índios de ligar para seus parentes”, disse Mota.
Os indígenas estão abrigados na casa da parente de um dos indígenas, em Canutama. Eles deverão ser encaminhados para a sua aldeia quando uma equipe da Funai chegar ao município.
Resgate
O coordenador da Funai em Lábrea, Armando Soraes Filho, disse que uma equipe do órgão foi neste sábado (21) para Canutama resgatar os indígenas e encaminhá-los para a aldeia. A previsão é que o grupo chegue na aldeia Crispim na próxima segunda-feira ou terça-feira (24). A Funai já vinha se articulando desde o início da semana com as polícias da região da calha do Purus para capturar o falso pastor.
Conforme Armando, Pontes vai ser encaminhado para Lábrea, onde dará depoimento, e deverá ser encviado para Humaitá, onde estava preso mpor estelionato as havia recebido liberdade condicional.
“Ele não poderia ter saído de Humaitá. Por isso deverá agora voltar ao regime fechado”, disse.
Conforme o coordenador da Funai, Pontes foi parar na aldeia Crispiam após conhecer dois indígenas. “Ele inventou um monte de coisa. Disse que esperava receber cinco mil reais do banco, mas que precisava de dinheiro. Induziu dois indígenas a fazer empréstimo de R$ 500, cada um”, afirmou Armando.
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