Publicado em 14 de abril 2010
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que as medidas adotadas na Cúpula de Segurança Nuclear encerrada hoje em Washington fazem do mundo um lugar mais seguro.
A cúpula, na qual participaram 47 países, terminou hoje com o compromisso dos participantes de colaborar para conseguir a segurança dos materiais nucleares em um prazo de quatro anos e evitar, portanto, que possam cair em mãos de grupos terroristas, considerado pelos Estados Unidos o maior risco da atualidade. Não está exatamente claro como os países vão conseguir isso. O comunicado final oferece poucas medidas multilaterais específicas e, apesar de alguns países ofereceram passos individuais concretos, outros, como o Paquistão, se mostraram reticentes ao considerar que seus arsenais nucleares já estão suficientemente bem guardados.
Os 47 países concordaram em voltar a se reunir na Coreia do Sul dentro de dois anos para uma nova cúpula que pretende examinar os progressos alcançados até então e as novas medidas a serem adotadas.
Um Obama visivelmente satisfeito admitiu em entrevista coletiva ao término da reunião que manter todos os materiais radioativos a salvo em quatro anos "não será fácil" e que isso requer que os países adotem medidas "ousadas e pragmáticas".
Em qualquer caso, ressaltou, nenhum país poderá conseguir isso sozinho. Será necessária uma cooperação internacional reforçada, onde o Organismo Internacional para a Energia Atômica (AIEA) terá um papel importante.
Neste sentido, o presidente americano propôs a criação de um fundo internacional dotado com US$ 10 bilhões para melhorar a segurança no mundo.
Ressaltou também o anúncio de países como a Ucrânia e o Canadá que se desfarão de seu urânio de alta gradação.
Obama fez bem ao lembrar que a reunião de hoje faz parte de um processo mais amplo que ele deseja que conduza algum dia a um mundo sem armas nucleares.
Assim, na semana passada seu Governo anunciou uma nova estratégia nuclear que limita o uso das armas nucleares americanas e ele mesmo assinou junto ao presidente russo, Dmitri Medvedev, um novo tratado Start de desarmamento nuclear.
A cúpula dará passagem, mês que vem, à reunião prevista na sede das Nações Unidas em Nova York para revisar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
Segundo o responsável para a luta contra a proliferação nuclear na Casa Branca, Gary Samore, após a cúpula os países se encontram "galvanizados" acerca da necessidade de lutar contra a proliferação e "a necessidade de manter vivo este processo".
No comunicado, os participantes da reunião de Washington sublinharam que "o terrorismo nuclear é uma das maiores ameaças para a segurança internacional".
Asseguraram que a forma mais efetiva de prevenir que grupos terroristas, criminosos e outros atores ilícitos adquiram material radioativo é a implementação de "fortes medidas de segurança".
Os dignitários respaldaram também a conversão de reatores que utilizam urânio altamente enriquecido para outros que usem combustível pouco enriquecido além de procurar minimizar o uso de urânio altamente enriquecido sempre que seja "técnica e economicamente possível".
A cúpula não só deu lugar a debates acerca da segurança nuclear em geral. Ao longo dos dois dias de reuniões, o programa nuclear iraniano protagonizou boa parte das deliberações à margem das sessões plenárias.
Obama assegurou que o Irã "deve arcar com as consequências" de desafiar a vontade internacional ao continuar adiante com este programa atômico.
Os membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha debatem uma nova resolução sobre sanções contra o Irã, à qual a China se mostrou reticente até o momento, embora nos últimos dias pareça ter aproximado suas posições a dos EUA.
Segundo Obama, que se reuniu com o presidente da China, Hu Jintao, na segunda-feira, será um processo de negociação difícil, pois China se encontra preocupada com impacto em suas relações comerciais com o Irã, mas expressou seu otimismo sobre sanções "fortes" ainda este outono.
Fonte: G1
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que as medidas adotadas na Cúpula de Segurança Nuclear encerrada hoje em Washington fazem do mundo um lugar mais seguro.
A cúpula, na qual participaram 47 países, terminou hoje com o compromisso dos participantes de colaborar para conseguir a segurança dos materiais nucleares em um prazo de quatro anos e evitar, portanto, que possam cair em mãos de grupos terroristas, considerado pelos Estados Unidos o maior risco da atualidade. Não está exatamente claro como os países vão conseguir isso. O comunicado final oferece poucas medidas multilaterais específicas e, apesar de alguns países ofereceram passos individuais concretos, outros, como o Paquistão, se mostraram reticentes ao considerar que seus arsenais nucleares já estão suficientemente bem guardados.
Os 47 países concordaram em voltar a se reunir na Coreia do Sul dentro de dois anos para uma nova cúpula que pretende examinar os progressos alcançados até então e as novas medidas a serem adotadas.
Um Obama visivelmente satisfeito admitiu em entrevista coletiva ao término da reunião que manter todos os materiais radioativos a salvo em quatro anos "não será fácil" e que isso requer que os países adotem medidas "ousadas e pragmáticas".
Em qualquer caso, ressaltou, nenhum país poderá conseguir isso sozinho. Será necessária uma cooperação internacional reforçada, onde o Organismo Internacional para a Energia Atômica (AIEA) terá um papel importante.
Neste sentido, o presidente americano propôs a criação de um fundo internacional dotado com US$ 10 bilhões para melhorar a segurança no mundo.
Ressaltou também o anúncio de países como a Ucrânia e o Canadá que se desfarão de seu urânio de alta gradação.
Obama fez bem ao lembrar que a reunião de hoje faz parte de um processo mais amplo que ele deseja que conduza algum dia a um mundo sem armas nucleares.
Assim, na semana passada seu Governo anunciou uma nova estratégia nuclear que limita o uso das armas nucleares americanas e ele mesmo assinou junto ao presidente russo, Dmitri Medvedev, um novo tratado Start de desarmamento nuclear.
A cúpula dará passagem, mês que vem, à reunião prevista na sede das Nações Unidas em Nova York para revisar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear.
Segundo o responsável para a luta contra a proliferação nuclear na Casa Branca, Gary Samore, após a cúpula os países se encontram "galvanizados" acerca da necessidade de lutar contra a proliferação e "a necessidade de manter vivo este processo".
No comunicado, os participantes da reunião de Washington sublinharam que "o terrorismo nuclear é uma das maiores ameaças para a segurança internacional".
Asseguraram que a forma mais efetiva de prevenir que grupos terroristas, criminosos e outros atores ilícitos adquiram material radioativo é a implementação de "fortes medidas de segurança".
Os dignitários respaldaram também a conversão de reatores que utilizam urânio altamente enriquecido para outros que usem combustível pouco enriquecido além de procurar minimizar o uso de urânio altamente enriquecido sempre que seja "técnica e economicamente possível".
A cúpula não só deu lugar a debates acerca da segurança nuclear em geral. Ao longo dos dois dias de reuniões, o programa nuclear iraniano protagonizou boa parte das deliberações à margem das sessões plenárias.
Obama assegurou que o Irã "deve arcar com as consequências" de desafiar a vontade internacional ao continuar adiante com este programa atômico.
Os membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha debatem uma nova resolução sobre sanções contra o Irã, à qual a China se mostrou reticente até o momento, embora nos últimos dias pareça ter aproximado suas posições a dos EUA.
Segundo Obama, que se reuniu com o presidente da China, Hu Jintao, na segunda-feira, será um processo de negociação difícil, pois China se encontra preocupada com impacto em suas relações comerciais com o Irã, mas expressou seu otimismo sobre sanções "fortes" ainda este outono.
Fonte: G1
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