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Ex-DJ Maluquinho se converte a IURD

sábado, 29 de maio de 2010

/ by Admin
Marcos Nazareno Coelho Pinto já passou por dois momentos de redenção na vida. O primeiro foi em 2006, quando amargou falência depois do estrondoso sucesso como cantor e produtor musical da banda de tecnobrega Tecnoshow. Após vender mais de 100 mil discos somente em Belém, Marcos perdeu tudo, viveu nas ruas como mendigo e voltou ao topo das paradas quando se reinventou sob a alcunha bde DJ Maluquinho.

O segundo foi há seis meses, quando cansado da vida mundana, se converteu à Igreja Universal do Reino de Deus. “Eu recebi uma proposta irrecusável. Jesus falou comigo”, conta Marcos Nazareno, ex-DJ Maluquinho. Para quem o conheceu na fase bregueira, Marcos é um novo homem. As mechas de cabelo colorido e as roupas extravagantes deram lugar ao corte curto e ao terno cinza. A linguagem desbocada das letras de “O Melô da Periquita” e “Chupa Paula” foi substituída por hinos de adoração.

Marcos mantém distância de cigarro, drogas e bebida. Da vida pregressa só preservou a música e o casamento com sua mulher Sandra. “Quando a gente tá liso tem um monte de ideia, a cabeça não pára. Eu queria agregar o público infanto-juvenil, e na época a galera que tocava comigo era meio gordinha, meio feinha. Daí resolvi fantasiar essa galera para dar mais resultado. O público podia esperar de tudo nos shows: gordo de fralda, eu de cueca no palco. Era uma mistura de Wanderley Andrade com Mamonas Assassinas”, relembra o cantor.

Ao lado da esposa, que na época dividia os vocais nos shows fantasiada de Mulher Maravilha, o agora Marcos deu início ao seu novo projeto, o grupo Ministério de Louvor. Em janeiro a dupla lançou o CD e o DVD “Selo do Espírito”, com música gospel e testemunhos de fé. Mensagens sobre salvação e arrependimento embaladas pelo ritmo tecnobrega. “Eu componho hinos de adoração. Não quero ter mais nada com minha vida antiga. Mas não há nada de pecaminoso no tecnobrega. O som é uma forma de chegar às pessoas, mas o que importa é a mensagem, a palavra de Deus”, afirma o cantor, que não descarta a produção de um CD totalmente dedicado ao gênero. Depois de 14 anos envolvido com o universo do brega, Marcos considera o estilo parte de sua personalidade. Natural de Cametá, interior do Pará, ele mudou-se para a capital paraense ainda adolescente.

Iniciou sua carreira na música em 1996, na banda Pôr do Sol, tocando guitarra. No começo dos anos 2000 foi integrante das bandas Quero Mais e Tecnoshow, nesta última ao lado de Gaby Amarantos. Ao assumir a personagem DJ Maluquinho, estourou para o grande público. De acordo com o músico, o primeiro DVD “DJ Maluquinho” vendeu mais de 50 mil cópias, alavancado pelo sucesso da faixa “Rubi”.

Era uma agenda de 15 shows semanais, que rendiam cerca de R$ 12 mil. “Hoje eu não ganho nem 10% disso. Vivo basicamente da venda de CDs nas igrejas e excursionando, dando sermões. É uma vida mais simples. Mas foi a vida que Jesus escolheu pra mim”, diz o ex-DJ.

No sábado, 22, do alto de um palco montado em um salão humilde da Igreja do Evangelho Quadrangular, no distrito de Icoaraci, Marcos Nazareno relembrou junto aos cerca de 30 fiéis que acompanham o culto, o seu momento de epifania com o divino. “Eu era ateu. Eu não acreditava em Deus. Eu era como todo mundo diz que é: católico não praticante. Um dia lancei um desafio: só aceitava Jesus se ele falasse comigo. E passados 15 dias, fui à igreja, a convite da minha sogra, e tive uma experiência sobrenatural. Jesus, usando a boca de um obreiro, falou comigo. Esse homem que nem me conhecia veio na minha direção e perguntou: ‘Você queria falar comigo? Eu tô aqui. Quero mudar a sua vida’. Eu tinha um contrato para assinar com a Som Livre e uma turnê marcada para fora do Estado. Larguei tudo e me converti naquele dia”, confessou ao microfone, seguido pelos gritos de “Aleluia!” do público.

Entre suas pregações, Marcos se define como um instrumento do divino Espírito Santo. “Ninguém deve vir aqui pra ver o Marcos, mas pra encontrar Jesus”, diz ele, segurando a Bíblia. Mas sem dúvida, ele é uma

estrela no palco. Abraça as pessoas, chora com elas e fala em línguas, um “abababidabubabam” que classifica como a língua do Espírito Santo.

Microfone em punho, Nazareno expurga os espíritos malignos dos fieis. As pessoas entram em êxtase, sob forte emoção. Uma presença de palco que lembra em muito o Maluquinho de outrora. Será que ele não tem medo de uma recaída? “Você constrói uma identidade pra você. Não dá pra separar o que nós aprendemos ao longo desses 14 anos. Não tem uma personagem. Sou o que sou”, define. “O Evangelho pra uns é escândalo; pra outros é loucura. Pra mim é a verdade e a vida. Quando Jesus voltar, creio absolutamente que ele vai gostar do que estou fazendo agora”./ Diário do Pará / iGoospel
Fotos Thiago Araújo

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