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Evangélicos pedem ao Papa celebração conjunta dos 500 anos da Reforma

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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Papa e Nikolaus Schneider reunidos em Erfurt (Thomas Peter/Reuters)
Citada pela página de internet Religiondigital, Kathrin Göring-Eckardt acrescentou que não seriam de esperar, hoje, quaisquer acordos sobre os pontos centrais que dividem as duas igrejas. Um dos temas objecto de debate é a possibilidade de os católicos poderem comungar nas celebrações luteranas e os protestantes poderem fazer o mesmo na missa católica.

Essa prática, frequente na Alemanha apesar da interdição do Vaticano, é reivindicada por muitos crentes e comunidades, como forma de dar passos concretos na aproximação comum entre as diferentes igrejas cristãs.

Nesse sentido foi exactamente a declaração do presidente da Igreja Evangélica, Nikolaus Schneider, que pediu passos claros na reconciliação ecuménica. Em declarações à rádio pública alemã, Deutschlandfunk, afirmou Schneider, a propósito dos 500 anos da Reforma protestante: “Devemos encontrar-nos já ao mesmo nível.”

De acordo com a mesma fonte, Nikolaus Schneider acrescentou que, por muito que ambas as igrejas se aproximem, o Papa não poderá ser nunca, para os protestantes, a mais alta instância dogmática e jurídica. “Isso não seria aceitável.”

Já no encontro em Erfurt, no mosteiro onde Lutero viveu como monge católico, antes de romper com o papado, Nikolaus Schneider afirmou, perante o Papa, que Lutero “é a chave que une” a Igreja católica e a Igreja Evangélica (ou Luterana).

No seu discurso, Bento XVI rendeu homenagem ao iniciador do protestantismo, sublinhando a sua “paixão profunda” pela questão de Deus.

Declarando-se “emocionado” por estar naquele “lugar histórico”, o Papa alemão, 84 anos, afirmou: “O que não dava paz [a Lutero] era a questão de Deus, que era a paixão profunda da sua vida e o centro da sua vida e do seu caminho.” E acrescentou: “O pensamento de Lutero e a sua profunda espiritualidade estavam completamente centrados em Cristo” e a grande pergunta de “toda a sua investigação teológica e de toda a sua luta interior” foi “como ter um Deus misericordioso”.

Apesar de ter dito várias vezes, após ter sido eleito Papa, em Abril de 2005, que são necessários passos concretos no diálogo ecuménico, Ratzinger disse hoje que “o mais necessário para o ecumenismo” é que católicos e protestantes se ajudem mutuamente a acreditar e não percam “o que têm em comum”, nem cedam perante a “pressão da secularização”.

No seu discurso, o Papa considerou como “um erro dos tempos de afirmação confessional ter sublinhado sobretudo aquilo que separa” e não ter percebido “o que têm em comum” católicos e protestantes. E citou: “As grandes pautas da Sagrada Escritura e as profissões de fé do cristianismo antigo.”

O Papa considerou que, perante a “ausência de Deus” que se nota cada vez mais na sociedade, os cristãos correm o risco de “ceder à pressão da secularização” e “ser modernos adulterando a sua fé”. Mas esta tem que ser “pensada e vivida” de forma “nova”, para ser algo do presente, afirmou.
/Público

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