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Republicanos preparam-se para gozar uma vitória que lhes pode sair cara em 2016

terça-feira, 4 de novembro de 2014

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Ao fim de dois anos de campanha, os eleitores dos Estados Unidos (EUA) ficam a saber esta terça-feira se o Partido Republicano vai passar a dominar as duas câmaras do Congresso do país, o Senado e a Câmara dos Representantes, cavando trincheiras ainda mais fundas na luta em curso com o Partido Democrata e o Presidente Barack Obama.

Apesar do infindável número de eleições que estão a ser disputadas nesta terça-feira, tanto nacionais como locais, a mais importante é sem dúvida a corrida à maioria no Senado, a câmara alta do Congresso norte-americano. Na câmara baixa, a Câmara dos Representantes, o Partido Republicano tem a maioria assegurada e a questão é saber se vai conseguir estender essa maioria até ao limite da humilhação política para o Partido Democrata.

No caso da corrida eleitoral mais renhida, para o Senado, as fichas das sondagens estão todas do lado dos republicanos. Devido às peculiaridades do sistema político dos EUA, nem todos os 100 lugares do Senado estão em jogo neste ciclo eleitoral, e o Partido Democrata é quem tem mais a perder com isso - das 55 cadeiras que ocupa actualmente (53 mais duas de independentes alinhados), o partido de
Obama tem de defender 21 delas; já os republicanos defendem apenas 15 dos seus actuais 45 senadores. A somar a este cenário, os estados que vão ser decisivos para o resultado destas eleições estão mais descontentes com a actuação de Obama na Casa Branca - em média, a taxa de popularidade do Presidente em estados como Iowa, Arkansas ou Kentucky, por exemplo, fica-se pela casa dos 30%, quando a nível nacional consegue passar a barreira dos 40%.

Na prática, o Partido Republicano precisa de puxar a cadeira a seis senadores democratas para passar a controlar o Senado e meter ambas as câmaras do Congresso no bolso, um cenário que só não está ainda fechado porque ninguém sabe muito bem as implicações dos eleitores de última hora, principalmente entre o eleitorado mais chegado ao Presidente Barack Obama.

Alguns dos principais especialistas em sondagens, como John Zogby, continuam a deixar mensagens de cautela, porque de facto não se pode falar na existência de uma “vaga republicana”, que leva tudo à frente até à retumbante vitória final no Senado. À excepção de um ou outro caso, as corridas que vão determinar a composição do próximo Senado têm diferenças curtas de mais para que os foguetes sejam lançados antes da festa.

“Os resultados ainda não estão fechados. O Presidente é impopular nos estados onde as eleições são mais importantes, mas a taxa de aprovação do Congresso é ainda mais baixa, cerca de 19%. E nem os democratas no Congresso, com 31% de aprovação, nem os republicanos, com 29%, estão propriamente a entusiasmar os eleitores. É por isso que continuo sem ver uma vaga republicana”, diz John Zogby.

Para além disso, “há mais eleitores nos estados decisivos que dizem que vão votar nos republicanos, mas 14% continuam indecisos, incluindo 27% dos independentes”, salienta o fundador da Zogby Polls.

John Hudak, especialista em eleições no think tank Brookings Intitution, diz também ao PÚBLICO que a vitória dos republicanos ainda não pode ser dada como certa, mas admite que “estão numa posição muito mais vantajosa do que os democratas”.

“Não têm uma vantagem substancial nas sondagens, de forma a podermos fazer análises definitivas, mas estão à frente ou empatados em várias sondagens em muitos dos estados que à partida seria de esperar que perdessem”, explica Hudak.

Apesar de todas as cautelas, a pergunta do momento aponta já para a forte probabilidade de o Partido Republicano conquistar a maioria no Senado: “Num Congresso dominado pelos republicanos, qual será a postura do partido nos últimos dois anos da Presidência de Barack Obama?”

Depois da paralisação (shutdown) do Governo dos EUA no ano passado, foram os republicanos que sofreram as piores consequências nas sondagens, com a maioria dos inquiridos a atribuir-lhes a maior quota de responsabilidade pelo impasse no Congresso. A maioria republicana na Câmara dos Representantes ficou refém do movimento Tea Party, mais conservador, e a batalha que se seguiu tornou impossível a aprovação de medidas importantes na agenda da Casa Branca, como a reforma da lei da imigração.

Tal como outros analistas ouvidos pelo PÚBLICO, o especialista da Brookings Institution considera que pouco vai mudar, até porque o Partido Republicano não conseguirá obter os 60 senadores necessários para contrariar um travão dos democratas às suas principais iniciativas - e o Presidente Barack Obama irá certamente vetar muitas das propostas saídas do futuro Congresso.

informações de publico.pt

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