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Rosanah do hit ‘O Amor e o Poder’ diz: ‘Sofri preconceito na igreja’

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domingo, 28 de agosto de 2011

A cantora Rosana, que fez sucesso na década de 80 com a música “O Amor e o Poder”, aquela dos versos “Como uma deusa/você me mantém...”, está de volta. Mas agora ela assina Rosanah Fienngo, virou evangélica e está lançando uma versão gospel de seu maior hit, “Como o Meu Deus”.

Mas em um bate papo com o EGO, ela diz que a “nova fé” não é tão recente assim, que sempre foi cristã, mas que teve, sim, um encontro com a religião em 2000, depois de viver uma experiência sobrenatural.
“Comecei a questionar algumas coisas e a sentir falta de algo que preenchesse um vazio depois que minha mãe morreu. Depois, passei por outro momento difícil quando perdi um bebê. Nessa época, comecei a ler a bíblia e a frequentar a Igreja Renascer, em São Paulo. Quando voltei a morar no Rio de Janeiro, em 2000, tive uma experiência muito forte. Entrei em uma igreja e senti como se Deus falasse comigo, e Ele dizia que era para eu não me preocupar com nada, que eu ficaria grávida e tudo daria certo. Um mês depois eu estava esperando o Davy”, lembra.

Segundo Rosanah este episódio ajudou a reforçar sua fé. Logo depois, ela conheceu Claudia Valente, que a levou para a Igreja Batista, e com quem desenvolve agora um trabalho gospel. Confira mais abaixo.

Como surgiu a ideia para esse trabalho? Não teve medo de fazer uma versão de um grande sucesso e não dar certo?
O disco “Nascer de Novo” é da Claudia, que é uma grande irmã, e que teve a inspiração para fazer a versão de “O Amor e o Poder”. Ela me mostrou, gostei e topei gravar. Não tive medo de fazer essa regravação, não. Só faço um trabalho no qual acredito. Ninguém pode dizer que meu trabalho é ruim porque ele é um dos melhores do Brasil. Acho que a versão ficou ótima.



Mas o ‘Amor e o Poder’ foi seu maior sucesso, não? Não dá um certo medo mexer um clássico?
O sucesso é percebido de formas diferente para quem canta e para as outras pessoas. Essa música nem foi a mais importante para mim. Claro que foi um sucesso. Mas, mas antes dela, teve ‘Nem um toque’, que foi a música com a qual eu estourei nas rádios e fiz sucesso. Depois veio o “Amor e o Poder”, que estava na trilha da novela(Mandala) e causou toda aquela comoção. Tenho no mínimo 17 músicas trilhas sonoras de novela. Alavanca muito trabalho. 

Agora você só canta músicas evangélicas?
As pessoas confundem muito as coisas. Sou convertida há muito tempo, mas continuo cantando música seculares. Minha fé não impede meu trabalho. Só agrega. Topei esse projeto porque acredito demais na música gospel. Lá fora, toda cantora tem um projeto paralelo, gospel.

Como é o seu show?

Continuo cantando de tudo. Canto as minhas músicas, algumas gospel, músicas de outros cantores.

O fato de ter se convertido afastou seu público? Sofreu preconceito?

Senti preconceito na igreja. Não foi no secular, não. Na igreja teve o maior preconceito. Muita gente não entendia o fato de eu estar lá dentro, mas continuar cantando minhas músicas. Mas, como eu estava de coração puro e limpo, isso acabou. Consegui unir o secular e o gospel, e hoje vários fãs meus vão para a igreja, acabaram se convertendo também.

Você sempre teve um público gay muito fiel. Como foi esse junção?
A maioria dos gays que conheço são da igreja. Não julgo a vida de ninguém. Sigo só o que Jesus manda, e Ele não tinha esse tipo de preconceito. Continuo cantando para todo mundo.

Seria um sonho emplacar uma música gospel em uma trilha sonora de novela?

Ah, seria. Claro! É difícil, mas não seria impossível. Já aconteceu com a Aline Barros.



Fonte: Correio Bahia

Pr.Silas Malafaia é entrevistado pela revista época, leia:

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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Na entrevista concedida para a revista Época desta semana, o pastor Silas Malafaia falou sobre igreja, política e homossexualismo e diz: “Hoje, sou a maior barreira que existe para aprovarem a lei que criminaliza a homofobia”, afirma.
No ano passado, quando a campanha política pela Presidência da República enveredou para uma discussão sobre fé e aborto, o pastorevangélico Silas Malafaia virou uma espécie de pivô da disputa eleitoral. Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no Rio de Janeiro, Malafaia apoiou a candidatura da também evangélica Marina Silva até a véspera do primeiro turno. Quando Marina estava em seu melhor momento, Malafaia abandonou-a e passou a pedir votos para o tucano José Serra, segundo ele mais firme que Marina na oposição ao aborto. Serra perdeu a eleição, mas Malafaia não perdeu os holofotes. Poucos meses após a posse da presidente Dilma Rousseff, ele passou a liderar uma cruzada contra o projeto de lei que pretende criminalizar a homofobia. Loquaz e provocador, usa seus programas de rádio e TV para combater a proposta quase que diariamente. Nesta entrevista, ele critica a Igreja Universal, diz que os políticos não poderão mais esconder suas crenças e tenta explicar sua posição sobre a homossexualidade.

ÉPOCA – O senhor é pastor da Assembleia de Deus, mas, diferentemente de outros líderes evangélicos, é muito ouvido por fiéis de outras denominações. Qual é a diferença?
Silas Malafaia –
 Estou na TV há 29 anos ininterruptos e nunca fiz programas para a Assembleia de Deus. Então, o pessoal me codifica como um pregador. Faço um programa interdenominacional. Sempre trabalhei como uma voz apologética em defesa da fé. Por causa disso, acabei conquistando espaço entre outros segmentos. Hoje, existem quatro pastores em rede nacional: Edir Macedo, da Universal, R.R. Soares, da Internacional da Graça, Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, e eu. Sou o único que sempre fiz programa para todo mundo. Não porque sou bom. É porque não tem espaço, amigo.
ÉPOCA – As igrejas evangélicas ainda têm uma imagem muito estigmatizada entre os não evangélicos. Por que, em sua opinião?
Malafaia
 – Isso mudou muito, irmão. Hoje, essa história de imagem estigmatizada é cafezinho. Antigamente, nego só botava coisa ruim sobre os evangélicos na televisão, nos jornais. Era só cacete em cima de pastor. Agora tem jogador de futebol evangélico, artista…
ÉPOCA – O senhor acha que alguns líderes evangélicos ajudaram a criar essa imagem estigmatizada?
Malafaia
 – É aquela história de perdas e ganhos que todo segmento social sofre. Algumas atitudes fizeram a gente perder, outras fizeram ganhar. Tome o exemplo da Universal e do Edir Macedo. Ele ajudou em algumas coisas e prejudicou em outras. Ele é um cara que fez a igreja evangélica despertar para um evangelismo ousado, igreja aberta o tempo todo. Antes, as igrejas evangélicas abriam duas vezes por semana à noite. O Macedo é que arrebentou com isso, entende? O lado ruim da coisa é o sincretismo.
ÉPOCA – Qual é sua relação com o bispo Edir Macedo?
Malafaia
 – A Bíblia tem um texto que diz assim: “Poderão andar dois juntos se não estiverem de acordo?”. Eu já ajudei o Macedo quando ele foi preso, mas eles são separatistas, só veem o lado deles. Então, não me presto a andar com uma pessoa que só quer andar com mão única para ela. Sou a favor de mão dupla: para lá e para cá, entende? O Macedo está isolado, todo mundo sabe. Eles só são evangélicos para os outros quando estão com dor de barriga, quando o pau está quebrando em cima deles ou então por interesse político. A comunidade evangélica está madura e não se presta mais a isso.
ÉPOCA – Nos bastidores, circulou a notícia de que o senhor estaria apoiando o PSD, o partido que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, quer construir. Procede?
Malafaia
 – Amigo, não apoio partido nenhum. Apoio pessoas. Meu irmão (o deputado estadual Samuel Malafaia, do PR-RJ) está querendo ir para lá (o PSD), mas isso é problema dele.
ÉPOCA – Qual é sua opinião sobre Kassab?
Malafaia
 – Nada a falar contra ele.
ÉPOCA – Mas, no passado, o senhor já se desentendeu com ele…
Malafaia
 – Eu o critiquei quando ele fechou uma igreja evangélica do apóstolo Valdemiro Santiago. Ser amigo ou respeitar alguém não significa ser capacho ou concordar com tudo o que essa pessoa faça.
ÉPOCA – Na eleição presidencial do ano passado, o senhor apoiou Marina Silva no início. Ainda no primeiro turno, passou a pedir voto para o José Serra. Por que mudou de lado? 
Malafaia – Pior do que um ímpio é um cristão que dissimula. A Marina, membro da Assembleia de Deus, sabe que, como uma pessoa de fé, não pode negociar sobre questões de aborto nem de homossexualismo. Ela era contra o aborto, mas por que dizia que faria um plebiscito? Ela quis dar de bacana, jogar para a galera, e eu falei não. Qualquer um podia fazer aquilo, menos ela, por suas convicções de fé.
ÉPOCA – Por que o José Serra?
Malafaia
 – Acredito que tinha de me posicionar. Naquele momento, o Serra era o mais adequado para isso. Ele mantinha uma posição firme sobre aborto, que foi o grande debate da campanha desde lá atrás. A Dilma dissimulou a história. Ela se posicionou a favor do aborto para a revista Marie Claire, depois mudou o discurso. O único que se coadunava com meus valores e crenças era o Serra.
ÉPOCA – Em sua opinião, o debate de questões religiosas deverá se repetir nas próximas disputas eleitorais?
Malafaia
 – É lógico. Amigo, hoje em dia governante vai ter de dizer em que princípios acredita. Vai ter de botar a cara, porque a comunidade evangélica está bem esperta, madura. Não vai dar para ficar cima do muro. Não queremos que nenhum político tenha a ideia de em que lutamos por uma República evangélica e que, por isso, ele tem de abraçar nossos princípios e mandar todo o mundo às favas. Não estou dizendo também que o cara, para ter apoio dos evangélicos, tem de odiar os homossexuais. Não é radicalismo imbecil e idiota. Se um governante apoiar leis que privilegiam homossexuais em detrimento da sociedade, vamos cair em cima. Hoje, sou a maior barreira que existe para aprovarem a lei que criminaliza a homofobia. E, se abrir a boca para dizer que apoia o aborto, vai ficar feio também.
ÉPOCA – O que é, em sua opinião, a homossexualidade?
Malafaia
 – O homossexualismo é comportamental. Uma pessoa é homem ou mulher por determinação genética, e homossexual por preferência apreendida ou imposta. É um comportamento. Ninguém nasce homossexual. Não existe ordem cromossômica homossexual, não existem genes homossexuais. O cromossomo de um homem hétero e de um homem homossexual é a mesma coisa. O resto é falácia, é blá-blá-blá. Só existe macho e fêmea, meu amigo.
ÉPOCA – Por que o comportamento homossexual se desenvolve?
Malafaia
 – A Bíblia diz que, aos homens que não se importaram em ter conhecimento de Deus, Ele os entregou um sentimento perverso para fazerem coisas que não convêm. Do ponto de vista comportamental, é promiscuidade mesmo, meu amigo. O ser humano quer quebrar todos os limites. Quanto mais ele quebra limites, mais insaciável se torna. Ninguém nasce homossexual. É a promiscuidade do ser humano.
ÉPOCA – É possível alguém deixar de ser homossexual?
Malafaia
 – Nossa igreja está cheia de gente que era homossexual. O cara não nasceu (homossexual). Se não nasceu, amigo… Ninguém nasce homossexual. É uma opção, por uma série de elementos: ou porque foi violentado, ou porque escolheu por modelo de imitação. O ser humano vive por modelo de imitação.
ÉPOCA – E como se dá essa reversão?
Malafaia
 – Meu filho, essa reversão é o cara voltar a ser macho e a mulher voltar a ser fêmea. Dar forças para o cara vencer isso. Acredito no poder do Evangelho para transformar qualquer pessoa, inclusive homossexuais.
ÉPOCA – Qual é sua opinião sobre os casos de violência contra homossexuais?
Malafaia
 – Vou te dar alguns numerozinhos para a gente poder desfazer essa conversinha fiada para boi dormir. Os números é que vão dizer: no ano passado, 50 mil pessoas foram assassinadas no Brasil, e 260 eram homossexuais. Que índice é esse para dizer que o Brasil é um país homofóbico? Outro número: mais de 300 mulheres foram assassinadas por violência doméstica em 2010, mas ninguém fala nada. Mais de 100 crianças são assassinadas ou violentamente espancadas por dia, e ninguém fala nada. Sabe por quê? É porque por trás das editorias dos jornais, da televisão existe uma bicharada desgramada que dá toda essa ênfase para eles. Não quero que ninguém morra, amigo, mas o índice (de mortes de homossexuais) é insignificante para a violência que acontece no Brasil. Então, esse é um apelo de propaganda para eles (gays) poderem ter benefícios em detrimento do conjunto da coletividade social. Essa daí é velha, e eu não sou otário. Sei pesquisar os números, e a imprensa não dá os números. Tem mais heterossexual que homossexual sendo assassinado. Você sabe o que é homofobia para os homossexuais? Olhar com cara feia para um gay é homofobia. Não concordar com a prática deles é homofobia. Uma coisa é criticar a conduta, outra é discriminar pessoas. Tudo para eles é homofobia. Essa é a malandragem deles, e eu não caio nessa.
ÉPOCA – Os ativistas homossexuais são heterofóbicos?
Malafaia
 – Acho que eles são uns malandros que ganham verba dos governos federal, estadual e municipal para fazer esse papel. São uns malandros oportunistas faturando em cima da grana que as ONGs deles recebem. Essa é a verdade nua e crua. Não é pouca grana, não. E ninguém fala disso. Os ativistas homossexuais são pagos para esse serviço podre que fazem de chamar todo mundo de homofóbico.
ÉPOCA – O que fazer com o comportamento homossexual?
Malafaia
 – O comportamento homossexual é um direito que a pessoa tem. O direito de ser é guardado pela Constituição, pelo livre-arbítrio. Não quero que ninguém seja eliminado. Critica-se presidente da República, critica-se pastor, padre, deputado, mas não pode criticar uma prática? Em hipótese alguma. Querer eliminar homossexual é homofobia. Não quero isso. Quero discutir com um homossexual e poder dizer que sou contra a prática dele, assim como os gays podem me dizer que são contra a prática dos evangélicos. Isso é democracia.
ÉPOCA – O que o senhor acha das críticas feitas ao deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) (político contrário às leis que criminalizam a homofobia)?
Malafaia
 – Você vai ver o Jair Bolsonaro nas póximas eleições. Ele vai ter três ou quatro vezes mais votos que recebeu na eleição passada. A sociedade brasileira é conservadora, 90% da população é cristã. Desses 90%, os evangélicos e católicos praticantes são 70%. Nós somos maioria absoluta neste país, amigo. Pergunto: qual é o deputado gay que teve uma votação expressiva? Esse Jean Wyllys (deputado federal do PSOL-RJ) entrou na sobra de legenda, com 13 mil votos, pendurado num cara (o deputado Chico Alencar, do PSOL, segundo mais votado do Estado). É o mais famoso dos gays e não tem voto, não tem porcaria nenhuma.
ÉPOCA – Como o senhor reagiria se um de seus filhos ou netos dissesse que é gay?
Malafaia – Vou melhorar tua pergunta, aprofundá-la. Se algum filho meu fosse assassino, se algum neto meu fosse traficante, se algum filho meu fosse um serial killer e tivesse esquartejado 50, continuaria o amando da mesma forma, mas reprovando sua conduta. Meu amor por uma pessoa não significa que apoio o que ela faz. Daria o Evangelho para ele, diria que Jesus transforma, que ele não nasceu assim, que é uma opção dele.



Fonte: Revista Época online - por: Eliseu Barreira Junior /  via iGoospel

“Obter fiéis falando em prosperidade é anti-evangélico”, diz Bispo

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dom Carmelo Scampa visitou o Oeste Goiano.Ele é Bispo da Diocese de São Luís de Montes Belos, da qual faz parte Iporá. Ele visitou a cidade durante toda uma semana do mês de setembro, entre 18 e 24/10. Foram dias de contato do Bispo com vários segmentos da sociedade local. Em uma destas visitas o líder religioso passou pelo Oeste Goiano. Em nossa redação foi entrevistado. Perguntado sobre o avanço de igrejas evangélicas, ele disse que o catolicismo é contra o discurso fácil que algumas igrejas fazem, prometendo prosperidade em troca da adesão à seitas. Para ele, a mesagem cristã é de que o fiel precisa carregar a cruz e seguir Cristo. Vamos à entrevista completa:

OESTE GOIANO – Qual a impressão que o senhor teve de Iporá após visita a vários órgãos, instituições, etc...?

BISPO DOM CARMELO – Essa visita pastoral que fazemos é diferente de uma visita fiscal. Visitamos como pastor de uma Igreja que procura conhecer a realidade de um povo. Procuramos ver a situação religiosa e pastoral da Igreja aqui. Isso que faço é obrigação de cada bispo fazer, pelo menos, de 5 em 5 anos, para poder fazer um relatório concreto e objetivo ao Papa. Irei visitar o Papa de 11 a 23 de novembro. Temos impressões muito positivas de Iporá. Trata-se de uma comunidade viva, dinâmica e preocupada nas várias frentes para o bem comum. Esta comunidade procura encarnar, nos limites do possível, o espírito do Evangelho.

OESTE GOIANO – O relatório destas visitas em Iporá pode resultar em alguma ação especial da Igreja para a cidade?

BISPO DOM CARMELO – Depois de cada visita pastoral a gente manda uma carta a cada paróquia. Com as impressões e, quando necessários, indicações para estimular certos grupos com mais apoio. Para ser sincero não terei todas as condições de poder apresentar isso de forma completa porquer há um limite de tempo nestas visitas e ainda porque as visitas são de cunho mais cordial do que de confronto. Não foi possível visitas às comunidades rurais e o contato com cada pastoral. Mas depois serão dadas algumas orientações e a comunidade fará uso destas para evangelizar melhor.

OESTE GOIANO – Como está a Igreja Católica nesta diocesse com relação ao suprimento das paróquias. Está faltando padres?

BISPO DOM CARMELO – A situação é muito precária ainda. Em 2.011 completaremos 50 anos de criação da Diocese de São Luís de Montes Belos. E desse período, atualmente, a diocese tem só 15 padres diocesanos. Os demais são religiosos ou emprestados. Não é possível fazer o trabalho pastoral como a circunstância exigiria. As paróquias da diocese são 37 e os municípios 36. Destas, 18 ainda não tem padre residente. Em Iporá tem 4 padres. Existem padres com idade que tem impedimentos de saúde e por isso não podemos exigir deles tanto. Os 4 de Iporá atendem 4 municípios. Além de Iporá, atendem Amorinópolis, Israelândia e Jaupaci. O problema das forças apostólicas é muito sério e muito grave para nós e por isso estamos investimento na formação das vocações sacerdotais diocesanas. Construimos o Seminário Menor em São Luís de Montes Belos e o Seminário Maior para teologia e filosofia em Goiânia. Temos 6 candidatos em São Luís e 10 em Goiânia, mas é bem pouca coisa diante das necessidades pastorais e dos desafios da região. Temos que investir na promoção de vocações locais e esta não é tarefa só do Bispo. As comunidades precisam fazer isso.

OESTE GOIANO – Fato muito dito ultimamente é sobre o avanço das igrejas evangélicas. E na nossa região, há dados estatísticos quanto a isso e o que o senhor diz sobre este assunto?

BISPO DOM CARMELO – Não temos dados estatísticos. Mas é preciso ter presente uma coisa: Goiânia é tida como a capital protestante do Brasil. O número de denominações religiosas e de seitas é muito alto. Cesarina, uma cidade de nossa Diocese, cidade de 9 mil habitantes, tinha 3 anos atrás, 17 igrejas diferentes com 17 pastores e o padre católico lá não tinha. Agora temos lá um destes padres emprestados. O número de igrejas protestantes avançam. É uma estratégia também. O aumento do protestantismo na América Latina não é fruto de conversões não, nem é fruto de insatisfação com a Igreja Católica não. É fruto de estratégias políticas que vem dos Estados Unidos comprovados em discursos de Rockfeller. Isto é algo que está acontecendo em resposta a um projeto. Qual é este projeto? Na medida em que desestruturamos a religião e família desestruturamos um povo. O catolicismo na América Latina é muito forte. Não dá para derrubá-lo Vamos dividi-lo, pretendem e aí entra as seitas. Deveríamos questionar isso com uma evangelização mais profunda, mais bíblica e mais à altura do dia de hoje. Temos um protestantismo que procura fazer prosélitos, eliminando as dificuldades que Jesus Cristo colocou no caminho do discípulo. Quando ouvimos mesagens como aquele que manda se entregar a Jesus que ele resolve isso, resolve aquilo, aí estamos agindo na lógica anti-evangélica, porque a lógica de Jesus Cristo é aquela de que quem quiser o seguir que renuncie a si mesmo, carregue a sua cruz todos os dias e venha atrás de mim. Não deve ser o discurso da prosperidade que algumas igrejas fazem./Oestegoiano

Assista a entrevista de Guilherme de Pádua no programa do Ratinho

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sábado, 10 de abril de 2010

Entrevista de Guilherme de Pádua, acusado de assassinato da atriz Daniela Perez, concedida ao apresentador Ratinho do SBT.






Ministério de Danilo Lapastini em 2010 inundará o Brasil com o Amor Incondicional de Deus

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Entrevista exclusiva com o cantor Danilo Lapastini
2010 é um ano onde um grande mover de Deus está reservado e preparado para o povo que serve ao Rei dos Reis, o crescimento e a expansão do Reino de Deus é visível, e o cantor Danilo Lapastini é um dos belos instrumentos usados por Deus para este mover, ele que lançou no final de 2009 o CD "Amor Incondicional" tem diversos motivos para agradecer e celebrar a Cristo por tudo o que tem recebido de Deus em sua vida. O CD tem tido uma aceitação e repercussão muito grande e especial, por onde tem chegado o CD vidas tem sido transformadas, sonhos restaurados e o amor de Deus tem feito maravilhas no meio de seu povo, através dos louvores poderosos e cheios de unção apresentados por Danilo Lapastini.

E as novidades não param por aí, devido à grande procura pelo CD "Amor Incondicional" o cantor fechou parceria com a empresa Expo CD para a realização da distribuição e venda do trabalho para todo o Brasil e até mesmo exterior, agora ficou extremamente fácil e rápido para você comprar ou abençoar a vida de alguém com este presente especial. Para adquirir o CD "Amor Incondicional" de Danilo Lapastini, basta acessar o site da Expo CD e entrar na seção Gospel, lá você encontrará o CD de Danilo a um preço mais que especial de R$ 18,00 (preço para o Brasil) com frete incluso, e ainda é possível o envio para presente.

Não perca esta oportunidade de ser abençoado e abençoar vidas com o CD "Amor Incondicional"!

Agenda 2010 aberta, convide agora mesmo Danilo Lapastini para louvar em sua igreja!

O cantor está com sua agenda 2010 da turnê "Amor Incondicional" aberta e com datas disponíveis para abençoar os irmãos de todo Brasil, Danilo Lapastini está entusiasmado e com grandes expectativas para aquilo que Deus fará durante as ministrações de sua turnê 2010 "Nas ministrações de 2010, pretendo valorizar especialmente o envolvimento da congregação na adoração, buscando o envolvimento de todos no ato de cultuar a Deus. O louvor é sempre um momento muito especial de adoração, de libertação, e para tanto se faz necessário que o ministro de louvor, crie uma atmosfera onde o Espírito Santo possa tocar nos corações, permitindo assim, deixar de lado todas as preocupações e as pequenas coisas da vida, concentrando a mente e o coração em Deus, permitindo-se um contato direto com o nosso Salvador.", afirma Danilo.

Algumas das canções que tem feito a diferença e marcado vidas durante as apresentações já realizadas pelo cantor são "Seja Feita a Tua Vontade", "Fala comigo" e "O difícil é fazer!", essas ministrações cheias de unção, têm sido sempre acompanhadas de belos testemunhos que estão servindo para fortalecer a fé de irmãos de diversas igrejas, são diversas pessoas que estão tendo um encontro íntimo com Deus e conhecendo o poder do verdadeiro amor incondicional de Deus.

Para convidar o cantor Danilo Lapastini para ministrações em cultos ou eventos de sua igreja ou cidade entre em contato, através das seguintes formas:

- Telefones: 11 9985-6553 | 11 8577-2233
- E-mail: dgllapastini@vivax.com.br

Canção "Seja Feita a Tua Vontade" interpretada por Danilo Lapastini:

Ouça outras canções de Danilo Lapastini pelo MySpace: www.myspace.com/danilolapastini
Fotos do lançamento do CD: Sucesso Total!!

Fonte: Razão Gospel

Entrevista Exclusiva Com Maurício Soares da Sony Music

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

 Publicado em 06 de fevereiro 2010
Em Entrevista exclusiva com nossa repórter Ana Claudia Amaral, nós do Gospel Planet, soubemos novidades e detalhes desse novo projeto, que promete revolucionar o mercado fonográfico no segmento Gospel.

A gravadora Sony Music acaba de divulgar o início de um novo projeto estratégico para 2010, algo há muito tempo aguardado, a implementação do selo gospel. A Direção Executiva deste segmento, fica por conta de um dos profissionais mais competentes da área Maurício Soares, que já alavancou outras empresas por onde passou.

- GP (GOSPEL PLANET): MAURICIO, EM 1º LUGAR PARABÉNS POR MAIS ESSA NOVA EMPREITADA!

- GP: TODOS SABEMOS DAS INÚMERAS GRAVADORAS POR QUAL VOCÊ PASSOU (GRAÇA MUSIC, LINE RECORDS, TOQUE NO ALTAR MUSIC, ENTRE OUTRAS),QUAL SERÁ O DIFERENCIAL DO SELO SONY MUSIC GOSPEL, O QUE VC TEM RESERVADO PARA O PÚBLICO?

O principal diferencial para mim como profissional é o foco da empresa. Na Sony Music, empresa líder no segmento fonográfico nacional, presente em mais de 40 países e que detém um cast de nomes como Beyoncé, Roberto Carlos, Victor e Leo, Britney Spears, só para citar alguns nomes, o foco é essencial música e business. Infelizmente as gravadoras do segmento gospel no Brasil possuem outros focos além da música, geralmente estão ligadas a alguma igreja ou denominação e isso, sem dúvida acaba distorcendo os objetivos finais.

- GP: COMO É FAZER PARTE DE UMA DAS MAIORES GRAVORAS DO MUNDO E QUE AINDA POR CIMA AGORA TAMBÉM DETÉM UM SELO GOSPEL?

O projeto gospel para a Sony Music é algo estratégico para a empresa nos próximos anos. Por isso a direção da empresa no Brasil não mediu esforços para viabilizar minha inclusão no projeto. Além disso, estou recebendo apoio integral de toda a empresa, não somente no Brasil, mas também da matriz regional que fica em Miami, nos Estados Unidos. Em abril estarei implantando o projeto com toda minha equipe de profissionais com bagagem no mercado gospel nacional. Sem dúvida, a marca Sony é reconhecida mundialmente e isso abre muitas portas. Fazer parte deste projeto, junto a esta equipe de profissionais experientes no mercado fonográfico, debaixo desta estrutura multinacional, abre oportunidades inimagináveis para a música gospel. É uma enorme responsabilidade, mas creio que Deus vem me capacitando ao longo destes 20 anos para assumir esse desafio.

- GP: VC É UM HOMEM CONHECIDO POR SER ARROJADO E CRIATIVO EM TODAS AS SUAS DECISÕES. É ISSO QUE FALTA NO MEIO GOSPEL? SE ARRISCAR MAIS? INVESTIR EM NOVOS TALENTOS E TENDÊNCIAS?

Acho que em qualquer área espera-se que o profissional alie conhecimento técnico, com criatividade, dinamismo e uma boa dose de inovação. Ao longo de minha carreira de 20 anos no meio gospel acumulei experiências marcantes de lançamento de novos talentos como Jamily, Gisele Nascimento, Régis Danese e mais recentemente, Thalles. Hoje estes nomes são conhecidos nacionalmente e se tornaram grandes nomes da música gospel. Nas gravadoras por onde passei sempre optei por abrir espaço para novos talentos. Infelizmente muitas gravadoras gospel vivem de artistas com 10, 15 anos de carreira e sucesso mais consolidado. Não têm investido em novos nichos, estilos e novos nomes.

- GP: MUITAS GRAVADORAS TIVERAM UM DESPONTAR E ATÉ MESMO MODERNIZAÇÃO EM SUA ESTRUTURA E CASTING NOS ÚLTIMOS TEMPOS, MAS AINDA ENCONTRAMOS DIFICULDADES NO QUE DIZ RESPEITO A INOVAÇÃO.....PQ É TÃO DIFÍCIL AINDA MUDANÇAS NO MERCADO FONOGRÁFICO GOSPEL?

Há uma mudança radical no mercado fonográfico mundial e infelizmente vejo que as gravadoras gospel acompanham estas alterações com um olhar muito míope e distante. Parece que não acreditam nas mudanças das plataformas de comercialização de música, o que é um erro fatal! Acho que em nosso meio precisamos de mais profissionais capacitados, que busquem ampliar seus conhecimentos. Infelizmente nosso meio é gerido por pessoas que desconhecem profundamente o que é a realidade do mercado da música.

- GP: A PIRATARIA TEVE UM MOMENTO DE GRANDE CRESCIMENTO HÁ ALGUM TEMPO ATRÁS, E AGORA ELA ESTÁ TOMANDO ESPAÇO NO MEIO EVANGÉLICO, O QUE FAZER PARA SE COIBIR A PIRATARIA NO MEIO GOSPEL PRICIPALMENTE?

Dados recentes apontam para o decréscimo da pirataria de CDs em nosso país. Hoje nosso maior “inimigo” não é a pirataria física, mas a “pirataria virtual”, os downloads sem controle por parte das gravadoras, publishers e autores. E infelizmente na web nos deparamos com vários sites ditos cristãos oferecendo gratuitamente várias canções. Sinceramente não consigo uma única justificativa plausível para esta ação ilegal e covarde por partes destes sites e de quem faz estas cópias ilegais. Certamente não há na Bíblia nada que fale contra downloads, mas fala claramente sobre respeitar o próximo, a propriedade alheia e em não causar danos a terceiros.

- GP: DIREITOS AUTORAIS, COMO VC VÊ ISSO? PORQUE AINDA É TÃO DIFICIL A RELAÇÃO COM O ECAD?

O ECAD é um órgão independente que tem uma forma de condução muito hermética. Não temos a real ciência de tudo que acontece ali. O sistema de pagamento por amostragem favorece a alguns poucos compositores. É algo complicado para se entender e muito mais ainda de se informar.

- GP: SABEMOS QUE NOS EUA, MUITOS ARTISTAS TRANSITAM ENTRE O “SECULAR” E O GOSPEL SEM PERDER SUA ESSENCIA E TESTEMUNHO COM DEUS, PARTICIPANDO DE EVENTOS SOCIAIS, SÉRIES, SHOWS, TELENOVELAS E ATÉ MESMO EM FILMES...PORQUE AINDA É TÃO DIFICIL ESSA CULTURA NO BRASIL, AS VEZES VEMOS CERTO PRECONCEITO DAS IGREJAS EM VER SEUS CANTORES E BANDAS PREFERIDAS EM EVENTOS QUE NÃO SEJAM “GOSPEL”? SERIA ESSE UM DOS MOTIVOS DO GOSPEL AINDA SER VISTO COMO “AMADOR” NA ÁREA ARTÍSTICA?

Querendo ou não, o mercado de música gospel ainda é muito recente. Não temos uma história de 50, 100 anos de música gospel e por isso há muita confusão de conceitos. Vejo que temos muito a desenvolver, muito a conquistar e principalmente uma mentalidade mais positiva a ser formada. Infelizmente tem muita gente que não entende nada desse mercado de música dando “pitacos” absurdos. Basta você acessar aos sites e ler os comentários que as pessoas fazem sobre determinados artistas, projetos, músicas. Infelizmente também carecemos de uma mídia especializada para contribuir com a formação intelectual em nosso meio, ou seja, ainda há muito a se fazer.

- GP: VC ACHA QUE POR ESTAR LEVANDO UMA MENSAGEM ESPIRITUAL ATREVÉS DA MUSICA, O ARTISTA EVANGÉLICO ESQUECE DO PROFISSIONAL E DA QUALIDADE?

Acho que este pensamento serve como uma enorme desculpa. Quando vemos o artista se justificando de que o importante é a mensagem ou o objetivo do coração, de adorar a Deus em detrimento ao maior apuro técnico de sonoridade ou produção musical, vejo isso com muita tristeza. Na verdade justamente por se tratar de algo oferecido a Deus, o nosso louvor e adoração devem ser feitos com excelência. A história de Caim e Abel, de suas ofertas a Deus retratam bem isso. Se lembrarmos os grandes compositores clássicos, Haendell, Bach, entre outros, estes artistas fizeram verdadeiras obras-primas tratando do tema sacro. Para Deus, não dá para fazer mais ou menos!

- GP: QUAL DEVERIA SER A POSTURA DE UM CANTOR NOS DIAS DE HOJE, SE TRATANDO DE REPERTÓRIO E QUALIDADE? E HAVERÁ ESPAÇO PARA NOVOS TALENTOS NA SONY?

São 2 perguntas bem distintas (rsrsrs). Atendendo à primeira pergunta, o repertório é a fase mais importante de um processo de produção e geralmente é a que tem menos atenção por parte dos músicos evangélicos. Já vi artista fechando repertório em 3 dias e partindo para dentro de um mega estúdio, com músicos Tops, toda estrutura. Ou seja, é a mesma coisa que você comprar uma Ferrari e colocar gasolina em posto se bandeira, onde todo mundo sabe que o combustível é adulterado.

Na segunda pergunta a resposta é sim! Teremos espaço para novos talentos, mas num primeiro momento teremos maior foco em fortalecer o cast com artistas mais reconhecidos nacionalmente. Não é um contra-senso à minha resposta anterior, é apenas uma questão de planejamento e atendimento de metas estabelecidas de resultados.

- GP: MUITAS GRAVADORAS REALIZAM EVENTOS E GRANDES SHOWS PARA PROMOVER SEUS ARTISTAS ...VOCÊS INVESTIRÃO EM EVENTOS TAMBÉM?

A Sony Music tem uma empresa coligada no país chamada Day1 que cuida justamente da agenda de eventos de vários artistas seculares e também promove e realiza shows e festas em todo o país. Certamente como toda a estrutura da Sony Music Brasil estará diretamente ligada ao projeto gospel, teremos novidades nesta área ainda em 2010.

- GP: O QUE VOCÊ PODE ADIANTAR PARA O PÚBLICO EM 1ª MÃO SOBRE CASTING, CONTRATAÇÕES E NOVIDADES... O QUE PODEMOS ESPERAR DA SUA GESTÃO A FRENTE DA SONY/GOSPEL?

Estamos numa fase de muitas negociações. Às vezes desgastantes, renhidas, outras super tranqüilas. Em mais 3 a 6 meses já poderemos divulgar fortemente as contratações. Pra prestigiar esse espaço no Gospel Planet posso adiantar que estamos muito bem resolvidos com a Banda Resgate que após mais de 2 anos sem lançar um álbum inédito voltará com muitas novidades. Também teremos contratações na área pentecostal, pop, pop rock, muita coisa boa pela frente. Sobre minha gestão podemos esperar muitas novidades. Estamos finalizando o contrato de distribuição exclusiva de catálogos internacionais. Vamos lançar em breve o maior portal de mídia digital gospel do país. Iremos participar ativamente do programa “Desafio da Música Gospel” que estréia em março na Rede TV!, enfim, vai ser um ano de muito trabalho!

- GP: PRA TERMINAR...O QUE VC ACHA DE MONOPOLIZAÇÃO DO MERCADO FONOGRÁFICO GOSPEL...ISSO EXISTE?

Só vou te responder com uma palavra: existia!

AGRADECEMOS POR SUA ENTREVISTA E DESEJAMOS SUCESSO NESTA NOVA EMPREITADA. E CONTE SEMPRE COM O SITE GOSPEL PLANET COMO PARCEIRO!

Obrigado a todos! Um super abraço e espero que possamos contribuir para que a Palavra de Deus seja pregada em lugares nunca antes atingidos. Que a boa música gospel conquiste espaço de honra na mídia e nos corações das pessoas. Valeu!

Por: Ana Claudia Amaral

Fonte: Portal Gospel Planet

Confira reportagem da Revista Isto É sobre Pr. Marcos Pereira

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

 Publicado em 02 de fevereiro de 2010
A revista ISTO É desta semana, publica uma matéria com o pastor Marcos Pereira, famoso por trabalhar na recuperação de criminosos. O pastor, que tem entre seus missionários o ex-pagodeiro Waguinho, afirma na reportagem que já recuperou 5 mil criminosos. “O Rio de Janeiro não está pior graças a mim”, diz o pastor Marcos, o único a entrar em lugares onde a própria polícia evita.

O púlpito da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias (Adud) era o centro das atenções. Diante de 800 pessoas humildes, o líder e fundador da congregação, o pastor Marcos Pereira, esconjurava o demônio, como faz todo sacerdote evangélico, em uma quarta-feira de janeiro. Em determinado momento, o religioso deu uma pausa e conclamou, ao microfone: “Peço aos criminosos convertidos que estão aqui para vir ao palco fazer uma foto para a revista ISTOÉ”.

De repente, como em uma romaria, homens começaram a se levantar de todos os lados da igreja e a andar em direção ao pastor. Na tropa de mais de 50, alguns chamavam a atenção por serem ainda adolescentes. Todos são ex-assassinos, traficantes, drogados ou ladrões transformados, hoje, em pessoas com aparência inofensiva e sempre dispostas a falar de Cristo. A Igreja está localizada na Baixada Fluminense, território do Rio de Janeiro marcado pela violência.

O pastor encerrou a pregação puxando uma música gospel cuja letra se conecta diretamente com aqueles homens: “Eu, que era ovelha perdida, hoje tenho nova vida, caminhando com Jesus.” Pelas contas de Marcos Pereira, 53 anos, ele e seus missionários – entre os quais o ex-pagodeiro Wagner Dias Bastos, o Waguinho (foto abaixo junto com o pastor Marcos orando por um traficante), ex-vocalista do grupo “Os Morenos” e hoje braço direito do pastor – já recuperaram mais de cinco mil bandidos e viciados nos últimos 20 anos.

Alguns eram famosos e temidos chefões do tráfico, como José Amarildo da Costa, o Maílson do Dendê, que, junto com o irmão Milton Romildo Souza da Costa, o Miltinho do Dendê, chefiou o crime organizado na Ilha do Governador, nos anos 90. “O Rio de Janeiro não está pior graças a mim”, exagera o pastor, no seu estilo sensacional e sensacionalista. Mas é fato que é o único a entrar com seus obreiros em lugares tão perigosos que a própria polícia só incursiona após um planejamento prévio. Em contato com os bandidos, Pereira consegue, muitas vezes, convencê-los a trocar o fuzil pela “Bíblia”.
Mas seus métodos são polêmicos. O pastor filma a conversão de criminosos em bocas de fumo e também o resgate dos sentenciados à morte pelo tráfico, normalmente após bárbaras torturas e à beira da execução. Em seguida, vende os DVDs com essas imagens. Diz que, assim, sustenta a Igreja. “Ninguém me ajuda”, reclama Pereira, que estima em R$ 200 mil mensais as despesas com o tratamento dos regenerados.

Segundo ele, o mais importante é ter salvado em torno de 700 condenados à morte pelos traficantes. Seu estilo midiático de trabalhar acaba despertando mais suspeitas do que admiração. Alguns dizem que ele ajuda a lavar dinheiro do tráfico, outros o acusam de fazer marketing de sua missão. Ele nega. Há anos, é alvo de investigação das polícias Estadual e Federal, mas nada foi provado. “É tudo safadeza. A polícia me persegue”, reage.

Em meio a tantas suspeitas, ele responde a apenas duas ações por crimes ambientais por destruir parte da vegetação da reserva biológica de Tinguá, Nova Iguaçu, onde fica a fazenda Vida Renovada, usada para recuperar os bandidos arrependidos. A doutrina de sua Igreja é arcaica.

Talvez por isso, o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, tenha desistido de se converter, apesar de ter sido presença certa em todos os cultos comandados por Pereira quando ele visitava a cadeia onde o artista cumpria pena por associação com o tráfico de drogas, em 2008. De fato, as regras são extremamente rigorosas. O pastor proíbe a leitura de jornais e revistas, assim como recomenda aos fiéis que não assistam à tevê, não usem as cores vermelha e preta, não tenham plantas e nem criem animais, nem sequer mantenham bichos de pelúcia em casa.

Segundo ele, o demônio se esconde em todas essas coisas. Tomar Coca-Cola também é proibido, pelo fato de a fórmula do refrigerante não ser conhecida. As mulheres só podem usar roupas que não marquem o corpo e, os homens, calças e camisas de manga comprida. Banhos de mar ou piscina e a prática de esportes só podem ocorrer com as pessoas vestidas. Talvez por isso tenha dificuldade de engordar o rebanho. Adud tem apenas 1,5 mil fiéis em cinco cidades. Pereira ganhou notoriedade em 2004 quando, a pedido do então governador Anthony Garotinho, negociou a rendição de detentos amotinados na Casa de Custódia de Benfica, que ameaçavam matar os reféns. “Essa intimidade com traficantes levanta dúvidas, em quem não o conhece, sobre o comprometimento dele com os bandidos”, analisa o cientista social Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança.

Fonte: ISTO É / Folha Gospel/ imbituba gospel

Entrevista com Templo Soul no Gospel Mix, com Tatiana Oliveira.

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


Mariana Valadão é 3º lugar no TOP 100 MySpace

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

 Publicado em 28 de dezembro 2009

A pastora e ministra de Louvor Mariana Valadão está em terceiro lugar no TOP 100 MySpace 2009, como divulgou na sexta-feira (18/12), o jornalista Tarso Araujo, no Blog do caderno semanal Folhateen, do jornal Folha de São Paulo.

O ranking dos artistas mais populares no serviço de Rede Social foi divulgado antecipadamente pelo blog.

A matéria “Bandas teens dominam MySpace” ressalta a supremacia de artistas brasileiros na lista 2009, e mais do que isso, a indicação de artistas com estilos até então não muito populares no meio, como por exemplo, o estilo evangélico, intitulado por ele como “gospel”.

Mariana Valadão lançou recentemente uma campanha para alcançar 1 milhão de acessos no MySpace, onde é possível conferir as músicas do novo CD, “De todo meu coração”, fotos, vídeos, além de links que direcionam para os canais pessoais da ministra e pastora (site oficial, twitter, orkut, flickr e Youtube). Quem também aparece na lista é o pastor, ministro e irmão de Mariana, André Valadão, na posição de número 19. André acaba de lançar o novo MySpace.

Entrevista

Atos Hoje: Em 2008, você gravou o primeiro CD solo. Em 2009, após fechar um contrato com a gravadora Graça Music, lançou no mês de setembro o álbum, “De todo meu coração”. Agora viaja aos lugares mais distintos para ministrar e apregoar as boas-novas do evangelho. Num espaço de dois anos muitas realizações e mudanças. Compartilhe com o leitor do Atos Hoje como tem sido esse momento em sua vida.

Pra. Mariana Valadão: Fico feliz de ver como Deus tem cumprido cada uma de suas promessas em minha vida. O nosso chamado é como o de Abraão, que ia a lugares que nunca ouvira falar: “Sai da tua casa, da tua parentela, para um lugar que eu te mostrarei [...]” Quando recebi o convite para gravar um CD em 2008 e assim ministrar em diversos lugares, decidi permanecer olhando as estrelas, confiando que para aonde Deus me enviasse, Ele faria o sobrenatural, e assim tem acontecido. Milhares de pessoas se reconciliando com o Senhor, outras sendo curadas e restauradas. Quero deixar aqui este testemunho para meus queridos irmãos da Lagoinha que sempre acompanharam a minha vida. Meus irmãos, sei que tenho estado um pouco longe, mas saibam que a minha “ausência” é por uma causa nobre: a de esvaziar o inferno e povoar o céu. Levo vocês comigo em cada ministração.

Atos Hoje: Como foi o processo de produção geral do CD? Fale sobre a participação das pessoas que lhe auxiliaram nesse projeto.

Pra. Mariana Valadão: Tivemos exatamente 45 dias para a préprodução, produção e pós-produção, foi um tempo recorde. É muito lindo ver Deus agindo através das canções, é a maior realização para quem compõe e este foi o nosso foco ao produzir o “De todo meu coração”. Este CD ainda tem o diferencial das minhas composições e as do meu esposo, o pastor Felippe Valadão. Fomos auxiliados nesse projeto pelas pessoas certas. Nossos grandes amigos, o produtor musical, Rubem di Souza. Meu primo, Ronald Fonseca, trabalhou na produção visual e gráfica. O Rodrigo Bressane, na fotografia. O ministro Thalles Roberto que auxiliou nos vocais. E, claro, o meu esposo Felippe, que ajudou muito, pois é muito criativo e acompanha tudo o que faço de perto. Tive ao meu lado grandes profissionais e, principalmente, grandes amigos, acho que esta é uma receita imbatível.

Atos Hoje: Já ouvi muitas pessoas dizerem que o novo CD “é a sua cara”. Ao que você atribui essa afirmação?

Pra. Mariana Valadão: Acho que pelo fato de eu ter participado de tudo, inclusive nas composições que não foi o caso do primeiro CD, por isso ficou mais “a minha cara”. Este é um CD bem caseiro, cada detalhe tem um toque meu e do Felippe. Sei que outros CDs virão, não serão melhores nem piores que este. Todos têm uma peculiaridade, todos são especiais, a única coisa que eu quero é continuar fazendo algo que flua de dentro de mim, do meu coração, que tenha a minha assinatura sempre, até porque este é o meu desejo – o de fazer para Deus e para as pessoas um CD “De todo meu coração”.

Atos Hoje: Você e seu esposo, companheiro de todas as horas, o pastor Felippe Valadão, têm viajado a muitos lugares, tanto no Brasil quanto no exterior. Como tem sido para vocês cumprirem o “Ide” de Cristo fazendo o que mais gostam: louvar a Deus juntos?

Pra. Mariana Valadão: Em 2009, eu, meu esposo e a banda ministramos em muitos eventos promovidos por prefeituras; tivemos o privilégio de ministrar para mais de 1 milhão de pessoas na Marcha para Jesus, em São Paulo, além de diversos outros eventos de grande porte como o ocorrido em São Luiz, Maranhão, para 50 mil pessoas. Vale ressaltar que não ministramos apenas em eventos com multidões, mas vamos aonde somos convidados. Já ministramos em eventos para 30 pessoas e com a mesma alegria e motivação. Para mim tem sido um sonho ministrar o amor de Deus com o Felippe ao meu lado. Ele me deixou mais segura, mais confiante. É muito bom ter meu esposo comigo. Em 2010 queremos continuar no propósito de ministrar no máximo de cidades possíveis deste Brasil e se for possível fora também. Estamos prontos para ir aonde Deus nos enviar. Queremos ver os jovens do Brasil sendo avivados; ver as pessoas sendo curadas, homens e mulheres se rendendo aos pés do senhorio de Cristo. Estes são os nossos grandes sonhos. Sabemos que o nosso descanso é no céu, então não vamos medir esforços para pregar nos lugares onde formos convidados.

Atos Hoje: Você tem Twitter, Orkut, Blog etc. Está em terceiro lugar no ranking TOP 100 da comunidade online, MySpace 2009. Dê sua opinião acerca da utilização desses recursos como uma forma de disseminação do seu trabalho, e claro, do evangelho.

Pra. Mariana Valadão: Sou a favor de todas as ferramentas que glorifiquem o nome de Jesus. Tudo o que eu puder ter para me aproximar das pessoas eu quero ter. Respondo meu twitter diariamente. No meu blog, tento colocar vídeos bem pessoais para que as pessoas tenham a oportunidade de ver como é minha vida e ministério. Não tenho medo de me expor, não tenho nada o que esconder, para mim é uma oportunidade de mostrar como o evangelho nos torna pessoas comuns e acessíveis. Sempre fui assim, quem me conhece na Lagoinha, na minha família, sabe como gosto de estar com as pessoas. Existem artistas não cristãos que dão um banho de humildade no nosso povo “gospel”. Acho que chegou a hora de mostrarmos que somos muito mais que artistas, mas representantes de um Deus super acessível e que ama estar com pessoas.

Atos Hoje: O que podemos esperar de Mariana Valadão em 2010?

Pra. Mariana Valadão: Muito trabalho, muita sede e fome de Deus. Muito desejo de levar a boa notícia do evangelho. Que em 2010 possamos ter a oportunidade de ter e fazer o dobro de tudo que foi feito este ano. Estou super animada para o novo ano.

Atos Hoje: Deixe uma mensagem final para os leitores do Atos Hoje.

Pra. Mariana Valadão: Desejo a todos um feliz Natal, um 2010 repleto de notícias boas. Aproveite este novo ano para colocar em prática tudo o que você aprendeu em 2009, tudo o que Deus tem colocado em seu coração e viva intensamente para o Senhor. Os dias são maus, e é hora de se levantar e viver cada segundo de nossa vida para Deus como se fosse o último. Eu e o Felippe amamos vocês. Oramos pelo melhor de Deus em sua vida e família. Um ano de 2010 cheio de paz, amor, prosperidade e muita unção de Deus, este é o meu desejo para sua vida em 2010,“De todo meu coração”.

Fonte: Lagoinha.com / Jornal Atos Hoje

Padrasto que em ritual colocou agulhas em menino dá entrevista

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

 Publicado em 21 de dezembro 2009

Ele diz que dava vinho ao menino antes de introduzir os objetos. Segundo o pedreiro, objetivo era matar a criança para se vingar da mãe.

O menino de dois anos que está internado em um hospital em Salvador, com agulhas pelo corpo, passa bem e pode passar por uma nova cirurgia estes dias.

O padrasto do menino, o ex-ajudante de pedreiro Roberto Carlos Magalhães, é suspeito de enfiar as agulhas no corpo da criança. Ele e outras duas mulheres, também suspeitas de envolvimento, estão presos.

“Colocava um pouquinho de vinho mais forte e água e dava ao menino. Ele bebia e desmaiava. Aí, colocava as agulhas”, conta Magalhães. “Fiz isso duas ou três vezes por semana, durante um mês.”

Agora, ele não esconde o que fez. Mas quando falou pela primeira vez à polícia, deu outra versão. Um dia depois de ter jurado inocência à escrivã, Magalhães sumiu.

Na quarta-feira (16), graças a uma denúncia anônima, foi descoberto pelo delegado Helder Santana no hospital onde o bebê estava internado.

O caso

A criança foi levada pela mãe ao hospital de Ibotirama, no oeste baiano, no dia 9 de dezembro. Chorava muito. Sem um diagnóstico evidente, os médicos pediram uma radiografia.

“A equipe ficou surpresa. Repetimos o exame, pensando que era problema do raio-X. ninguém pensava que alguém tivesse capacidade de fazer isso em alguém de 2 anos”, diz o médico Gilmar Calazans.

As imagens não deixavam dúvidas: o corpo da criança tinha sido perfurado por 31 agulhas de costura.

O padrasto confessou a violência. Segundo a polícia, disse que era tudo um ritual e que duas mulheres o ajudaram. Uma delas é Maria dos Anjos Nascimento, a Bia, de 56 anos. À polícia, ela disse que faz trabalhos religiosos. A outra é a lavradora Angelina dos Santos. Magalhães diz que é amante dela, o que ela nega.

As duas estão presas temporariamente. Negam participação e dizem que a acusação de Magalhães é absurda.

Por causa da revolta da população de Ibotirama, a polícia decidiu transferir Magalhães de cidade. Pouco antes de ser removido, explicouem entrevista (vídeo abaixo) qual era seu objetivo: matar a criança.

“Foi ideia de louco mesmo colocar essas agulhas nele. Eu colocava na perna e na barriga dele. Na hora, ele estava dopado. Ia matar a criança. Pobre do coitado”, diz o padrasto do menino. “Eu brigava direto com minha mulher. Passava 15, 20 dias de mal com ela e começava a fazer essa palhaçada besta de matar o menino”, diz.

Ritual

Magalhães conta que a criança era levada para a casa de Angelina para poder aplicar as agulhas. Sobre a participação de Bia, ele explica: “A Bia trabalhava com os caboclos, com os orixás, para poder fazer isso. Era ela quem preparava o vinho para dopar o menino”.

“Foi um sofrimento brabo mesmo. Era para atingir a mãe do menino. Angelina ficava ali junto, segurando no menino, para eu poder colocar as agulhas. Eu achava que as agulhas iam caminhar pelo corpo para matar o menino”, diz ele, que achava que ninguém ia descobrir.

E conta que o menino tinha medo dele. “Ele corria, gritava nos braços da mãe que não queria de jeito nenhum quando me via. Eu levava ele para casa e depois para o hospital. Eu falava para o médico que ele estava chorando e depois começava a vomitar. O médico passava o soro. Eu levava ele para casa e fazia a ruindade de novo”, diz.

O padrasto vivia com a mãe do menino havia seis meses. Além da criança que foi agredida, ela tem dois filhos com outro homem. Na casa onde a família vivia, a avó materna, Adelicia Souza dos Santos, sofre à espera de notícias. Era ela quem cuidava da criança.

“Ele é como um filho meu. É o menino que eu quero mais bem”, diz ela.

Transferida na quinta-feira (17) a Salvador, a criança passou por uma cirurgia de cinco horas. Mas o menino sobreviveu e já respira sem a ajuda de aparelhos na unidade de tratamento intensivo. Quatro agulhas – duas no coração e duas no pulmão – foram extraídas. Eram as mais perigosas. Mais duas cirurgias ainda devem ser feitas para a retirada total das agulhas.

Fonte: G1

Jornal diz que Marcos feliciano será candidato a Depultado federal confira a entrevista

Um comentário

domingo, 22 de novembro de 2009

 Publicado em 22 de novembro 2009

O empresário e Pastor Marco Feliciano declarou em entrevista coletiva no dia 07 de outubro, que será candidato pelo PSC – Partido Social Cristão a Deputado Federal. Confira a Entrevista.

Realmente filiou-se ao PSC, é candidato a deputado federal?

Pr Marco, em Orlândia então temos dois candidatos, um a deputado federal – Pr Marco Feliciano e outro a deputado estadual pelo PPS – Estevão, ex-prefeito da cidade. Você conversou com o Estevão apesar da diferença de partidos existe uma parceria antes ambos?

Quantos votos aproximadamente são necessários no PSC para se eleger deputado federal?

O companheiro Ricardo falou a poucos instantes atrás sobre apoio político. Apesar de não ser do nosso estado, mas o pastor Marco é amigo particular do senador Magno Malta, hoje um nome reconhecido em todo o Brasil, e tenho certeza que se precisar ele virá apoiá-lo. O que isso representa nessa sua campanha?

Aproveitando mais um gancho do amigo Ricardo, que falou que o Pastor nunca teve uma experiência como vereador, deputado ou prefeito. Nunca foi candidato. Futuramente Pastor te passa pela cabeça de ser candidato a prefeito de nossa cidade?

Pr. Marco Feliciano: Quem sabe. Mas primeiro quero lutar pela Câmara Federal.

Eu tenho um sonho, quero ser Senador e como Senador eu teria uma posição muito estabelecida dentro do país, inclusive eu tive uma chance de sair ao senado agora pelo norte do país, dois estados do norte do país vieram me procurar, bastaria com 3 meses eu me filiar lá, arrumar uma casa, ter um endereço poderia ter saído por lá. Estou saindo pelo Estado de São Paulo e acredito que possamos chegar lá.

Queria somente pegar um gancho aqui e falar que eu conto não só com a ajuda de Orlândia, mas com a ajuda da região. Todas as cidades circunvizinhas São Joaquim da Barra, Morro Agudo, Sales Oliveira, Nuporanga, conto com a ajuda de todo mundo. É uma luta mais do que política, é uma luta pela nossa cidade.

Quem sabe, depois dessa entrevista eu consiga marcar alguma reunião com alguns prefeitos, vereadores da região. E eles possam me dar uma mão nesse sonho. Ouvi falar que cavalo que já está marcado para ganhar, todo mundo quer apostar nele. Então quem sabe alguém resolve apostar no Pastor Marco, porque como eu disse são 11 milhões de evangélicos no Estado de São Paulo eu preciso que somente 90 mil deles me ajudem, mas se a minha cidade me ajudar e todo mundo me ajudar a gente pode chegar lá e fazer um bom trabalho.

Em contra partida depois que as urnas forem apuradas e eu ver que na região as pessoas que puderam me ajudar e não me ajudaram o tratamento tem que ser dado da mesma forma. Sinto que temos que ser querido com quem é querido conosco e não ser ruim com quem é ruim. John Kennedy disse uma frase certa: “eu perdôo meus inimigos mas nunca esqueço o nome deles!”.

Então fica um recado dado a toda a população, a toda a região que se puderem ajudar um filho da Terra, um menino criado na Vila Tatu, que saiu da Creche Getúlio Lima, que trabalhou na Rua 1 como Guarda Mirim, trabalhou na Casa São João, trabalhou na Intelli, que engraxou sapato nas ruas da cidade, que tem uma história em Orlândia. Acredito que é um sonho e podemos chegar lá. Só que não posso sonhar sozinho, uma andorinha sozinha não faz verão. Bem, nessa hora vemos de fato os amigos.

Tenho vários deputados amigos, são mais de 17 deputados amigos. Gente até de expressão no país, tem o Magno Malta que é senador, tem o governadores que são amigos particulares Sérgio Cabral, Eduardo Paes – que inclusive me mandou um e-mail hoje que ele está na França degustando aquela vitória bonita do Brasil, ele mandou um e-mail dizendo que a “honra e a glória tem que ser dada a Deus e a alegria fica pra gente”. Então são pessoas que se eu der um grito, é claro que vão vir, mas acredito que seja desnecessário tudo isso.

Acredito que se a cidade parar, olhar, fazer os cálculos, botar essa equação num papel e dizer calma aí, é possível a gente conseguir chegar lá. Mas se for preciso a gente traz. Acredito que com 80/90 mil votos pelo PSC, que é um partido médio já, não é mais um partido pequeno, só que também não é um partido grande como o PMDB, com 90 mil votos acredito que estou eleito. Vou ter que brigar por 90 mil votos.

Orlândia tem aí, se não me falha a memória 22 mil eleitores, é claro, eu seria um maluco se acreditasse que a cidade toda, que pela primeira vez a cidade pode se unir ao redor de dois nomes, o meu e o do Estevão. O Estevão acho que precisa de 50, 60 mil votos e eu pre-ciso de 90 mil. Imagina se saíssemos aqui da cidade com 20 mil votos cada um. Já estaríamos aí com um gás para trabalhar pela vitória de fato. O Estado de São Paulo no último censo do IBGE em 2005, apontou 11 milhões e 200 mil evangélicos, desses 11 milhões e 200 mil acredito que 9 milhões me conheçam, então vou ter que conquistar aí pelo menos 1% desse grupo evangélico para me apoiar, se 1% deles apoiar estamos dentro. Todo apoio nessa hora é bem vindo.

O único vereador que conversei na cidade é a Bernadete, que além de vereadora é ovelha da minha igreja, então eu converso muito com ela, ainda não procurei nenhuma liderança política da cidade, até porque eu desconheço esse mundo, até pedi para o Estevão ele que está articulando aí para mim, para ver como vamos fazer, para nos apresentarmos para a cidade toda daqui a alguns dias e eu preciso sim.

Até para eles eu mando um recado. Que todos os vereadores, inclusive o prefeito, vice-prefeito, que se pudessem por um momento só, isso pode cheirar “traição”, mais não é traição é por um bem maior, é pela cidade. Esquecer agora a nomenclatura do seu partido, e não esquecer quem te ajudou, é claro que não, mais pensar na sua cidade, pensar no seu filho, pensar no seu neto, bisneto, porque o que for plantado agora vamos colher nós e a nossa família.

Agradecemos sim aos outros deputados que sempre fizeram coisas por Orlândia, inclusive o Arnaldo Jardim, que veio aqui dias desses, até o Estevão veio conversar comigo e já veio pessoas perguntar para mim, nossa, foi já foi traído antes de começar? Não, não fui traído, o Estevão é um camarada íntegro, veio falar comigo, eu entendi ele perfeitamente, eles têm uma amizade política, eles sempre trabalharam juntos, eu seria um grosso, um truculento se falasse para eles, não, não quero, nada disso.

Tem espaço para todo mundo. Ele fez um trabalho, o Arnaldo Jardim foi apresentado, mas eu queria só que as pessoas colocassem uma lente de aumento nos olhos agora e enxergasse o futuro, o amanhã. Porque é claro que aqueles que me apoiarem hoje se amanhã Deus permitir que eu chegue lá, a gente vai se lembrar deles, pois isso é notório, uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto.

Espero sim que a população toda e os vereadores da cidade, as pessoas das classes A, B, C, D, E, do gari ao mega empresário que parassem por um momento e pensar em Orlândia, para a gente para de pensar no nosso próprio umbigo e pensar que o mundo gira em torno de tudo aquilo que a gente quer. A cidade precisa crescer, é uma vergonha eu digo isso de peito aberto, saber que uma cidade como a nossa perdeu tanto para cidades da região. A cidade de São Joaquim simplesmente deu um banho na cidade de Orlândia nos últimos anos, nada contra a cidade de São Joaquim.

Lá tem quase tudo e Orlândia tem o que? Onde é que nossos filhos irão trabalhar? Temos três, quatro, cinco ônibus que saem daqui e vão todo dia para Ribeirão Preto as pessoas vão fazer faculdade e onde vamos estabelecer esse pessoal, onde vamos colocar esses adolescentes? Daqui a pouco terminam a escola, terminam seu curso e acontece como acontece comigo eu quase não estou aqui, e só hoje já recebi umas três pessoas com currículos de filhos e currículos invejáveis, gente que fez faculdade e não tem onde trabalhar e porque? Porque falta alguém para ter essa visão para a cidade, para trazermos para a cidade coisas que podem ser conquistadas.

Sei que podem ser conquistadas, ainda não sei o caminho, mas estou no meio dele, sei que podemos encontrar. Existe sim, o Estevão é um grande amigo e se mostrou uma pessoa muito íntegra, fazia tempo que não encontrava uma pessoa que tinha tantos préstimos como ele. Inclusive tivemos várias reuniões, não foi nem uma, nem duas, foram várias, acertamos nossos ponteiros, vamos estar juntos nessa campanha e como disse para ele, acredito que é uma chance única de uma cidade pequena como a nossa com menos de 40 mil pessoas de repente lançar no cenário nacional, estadual dois candidatos a deputados que tem condições de chegarem lá.

O Estevão é muito bem articulado e eu tenho o poder de mobilização de massas, já tenho feito reuniões, fiz uma reunião agora segunda-feira só para sentir, em Olímpia que é 80 km daqui numa segunda-feira tínhamos lá quase 4 mil pessoas no ginásio, inclusive o prefeito da cidade estava, as pessoas vieram da região para me ouvir. Então, acredito que se fizermos um bom trabalho temos muitas chances e é claro que para isso preciso do apoio da minha cidade. Porque todo intuito que tenho, é claro que tenho alguns pensamentos de política para o Brasil, mas antes penso na minha cidadezinha, aqui onde eu comecei e tudo que estou fazendo por aqui.

Espero a compreensão, o carinho, espero que eles sejam visionários como nós somos. Que a gente deixe de lado as questões religiosas, as questões sociais, e que o povo que é da classe A e B esqueçam que eu vim da classe D e E e o pessoal da classe D e E esqueçam que eu fui para a classe A e B que as pessoas não olhem agora para o homem e nem para o Pastor Marco Feliciano, mas olhem para um filho da cidade, que tem condições de chegar lá e que a cidade precisa de um renovo, a cidade precisa respirar um pouco mais, politicamente falando.

Quero que as pessoas em Orlândia entendam o que eu pensei comigo e com a minha família: imagina você que Orlândia tem condições pelo menos na primeira vez da história de ter um deputado estadual daqui que pode nos representar aqui no estado e tem um federal nascido aqui que pode nos representar em Brasília. Imagina a união dos dois, o que podemos trazer para a cidade.

O sonho da faculdade que sempre víamos falando por aí, o sonho de crescimento de indústrias, empresas, coisas que a gente pode trabalhar. É claro que todo mundo entende política, hoje todos sabemos que uma andorinha sozinha não faz verão. Mas pense em um homem valente e pelo que vi do Estevão ele é valente e meio, vamos ser duas águias e brigar, vamos lutar pela cidade, tenho certeza que pela primeira vez na história.

Orlândia pode ter uma força política jamais vista, uma força política de dar inveja aos políticos de Ribeirão Preto, já começaram a se movimentar, começaram inclusive a pensar alto, procurando saber quem sou eu, pois o Estevão já é conhecido e vai ser uma briga muito boa. Então, que a cidade, a população parasse por um momento e pensasse de uma maneira unânime. É a primeira vez que um filho da cidade, ou melhor, dois filhos da cidade podem fazer alguma coisa importante.

Vamos tentar atingir todo mundo, por isso agregamos valores ao lado do Estevão. O Estevão tem um público que eu não conheço e eu tenho um público que ele não conhece, somando os dois a gente une o útil ao agradável e com isso vamos chegar lá. É claro que eu vou contar muito com a força do meu povo, pois nós os evangélicos somos segmentados e nós temos uma visão, temos uma liderança, quando eu abro a minha boca e falo uma coisa sobre a verdade e o povo concorda comigo eu tenho atenção deles.

Então entre uma pessoa de fé, um cristão verdadeiro e uma pessoa que está lá, é candidato mais que faz apologia as drogas, que faz apologia ao aborto, que faz apologia a homofobia, coisas assim, é claro que o nosso povo vai ficar sempre com aquele que é Cristão.

Olhando pelo lado do meio Evangélico, na última campanha eleitoral com aquele escândalo que teve do processo do Sanguessuga das ambulâncias, a bancada federal evangélica perdeu a metade da sua voz lá dentro do Congresso, tínhamos mais de 60 deputados, com esses 60 deputados, com 550 deputados no total lá nós conseguimos mais de 10% deles, então qualquer lei que venha ferir a família, que venha ferir a igreja, que venha ferir a sociedade, levantavam esses 60 homens, independente que partido fossem e brigavam por uma ética, por uma visão e por aquilo que para nós é moral.

De repente com aquele escândalo que teve perdemos a metade da bancada, com a metade hoje não conseguimos fazer mais nada. Por exemplo, não sei se vocês sabiam, há uma lei tramitando só falta ser aprovada pelo nosso presidente, onde a prostituição, ou a mulher prostituta ela vai ter uma carteira de trabalho assinada. Imagina você que é um pai, ter sua filha, sua filha como prostituta mais com uma função reconhecida pelo país. Como é que a gente fica? Não estou falando de preconceito, estou falando de ética, estou falando de família. Então tem leis que precisam ser barradas pois tem muita gente doida naquele Senado, tem muita gente doida dentro da Câmara Federal, tem muita gente doida que tem o poder mas não sabe fazer a política como deve ser feita.

Então tem que ter pessoas coerentes. Queria que as pessoas que estão lendo essa matéria soubessem que foi isso que queimou no meu coração, de repente eu sou uma voz profética nesse país. Orlândia ainda não sabe quem é o Pastor Marco Feliciano, quem sabe agora começam a descobrir um pouco. Inclusive o Estevão quando esteve na minha casa, a Bernadete está aqui do meu lado, ela é vereadora, ela viu quando eu abri a Internet que mostra o mundo como é, ele ficou apaixonado.

Ele falou, mais você é tudo isso aqui? Pois é, eu sou um cara que nesses orkuts da vida tem 200 comunidades feitas para mim. Uma tem 90 mil pessoas, então, só em orkut deve ter umas 400 mil pessoas que passam falando de mim. Orlândia não tem noção do que é isso, porque só em orkut é 10 vezes a po-pulação da nossa cidade. Os meus dvd’s esparramados pelo país inteiro, um dos meus dvd’s agora chegou a 1 milhão de cópias, que é o Sonho de José, então esse poder de persuasão, sendo um homem de família, sendo uma pessoa que veio do nada e chegar onde cheguei, acredito que possa fazer muito mais pela cidade, que a cidade jamais sonhou em fazer por mim.

É um prazer estar recebendo vocês todos aqui no meu escritório, o pessoal da Gazeta, da Lidersom, da ORC. Agora de fato é verdade. Resolvi assumir minha postura, já é a terceira campanha onde fui procurado, onde nas duas outras passadas achei que não estava preparado para isso e também não queimava no meu coração essa vontade de estar na política.

De repente queimou o coração, a oportunidade veio e agora é definitivo, estou filiado ao PSC – Partido Social Cristão e fui procurado por todos os partidos inclusive, semana passada fiquei com o Orestes Quércia até as 22h30 no telefone eles queriam minha filiação no PMDB, mas pensei e achei por bem, um partido que tem tudo haver comigo, inclusive na nomenclatura Cristão, e agora o Pastor Marco Feliciano é candidato a candidato.

Fonte: Gazeta Popular

Visões de um passageiro da política

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sábado, 21 de novembro de 2009

 Publicado em 21 de novembro 2009

Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui (...)/Naquela ausência/De calor, de cor, de sal, de sol, de coração pra sentir. Os versos do rock Back in Bahia, de Gilberto Gil, sobre o sentimento do exílio entre 1969 e 1972, não definem seu estado de espírito na última semana, quando revisitou a capital inglesa. Instalado no hotel Renaissance Chancery Court, tinha à mesa da suíte um exemplar da revista britânica The Economist, cuja capa traz o Cristo Redentor transformado em foguete, anunciando que o Brasil decolara de vez no mundo. Por onde passou na turnê de seu novo CD, o acústico Bandadois - em que se apresenta em dobradinha com o filho Bem, mais o violoncelista Jaques Morelenbaum -, cumprindo uma agenda de shows na França, Inglaterra, Alemanha e Espanha, o assunto foi o mesmo. "Os repórteres só me perguntam disso, o Brasil, o Brasil. Fico pensando: ‘O que dizer?’", ri, satisfeito.

Aos 67 anos, o compositor baiano, que passou cinco anos e meio à frente do Ministério da Cultura do governo Luiz Inácio Lula da Silva, diz não ter saudades da política. "Está de bom tamanho", resume a experiência vivida em Brasília, que, além de um bocado de tempo e energia criativa, tirou-lhe parte do brilho da voz, desgastada nas intermináveis conversações ministeriais. Por conta disso, diz ele nesta entrevista concedida ao Aliás, tem feito exercícios diários de fonoaudiologia. Mas não se furta a falar quando o tema é o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado sexta-feira, no aniversário da morte do herói Zumbi dos Palmares.

Embora considere que a inclusão do negro na sociedade brasileira avançou desde a década de 60 - quando, aos 23 anos e já formado em economia, foi contratado como estagiário pela Gessy Lever, numa espécie de "experimento racial" -, Gil avalia que "é tijolo sobre tijolo, pedra sobre pedra, que essas coisas vão sendo construídas". A favor da política de cotas para negros nas universidades brasileiras, não concorda que elas estimulem visões antiquadas que dividem a raça humana em negros, brancos, amarelos. Vê nesse tipo de ação afirmativa uma técnica de reparação já testada em outros lugares. Então, por que não aplicá-la no Brasil, por um período?

Pelo caleidoscópio com que enxerga o País, Gil defende o filme Lula, o Filho do Brasil - "é a cultura que está pegando o bonde da popularidade dele, não o contrário" -, mas critica a falta de visão estratégica do presidente em relação aos temas de cultura e meio ambiente. Faz um malabarismo conciliatório ao sair em defesa do amigo Caetano Veloso, que semanas atrás chamara Lula de analfabeto e grosseiro: "Caetano se referiu a uma coisa da qual todos nos orgulhamos, o fato de um homem não letrado ter chegado à Presidência com tanto êxito".

Sexta-feira foi o Dia Nacional da Consciência Negra. Celebrar esse tipo de data faz diferença?

Há uma percepção na humanidade inteira de que essas coisas, de modo geral, adiantam. Na década de 80, fui fazer um show em Washington e me telefonaram dizendo que Stevie Wonder queria me ver. Saímos para jantar juntos e perguntei o que ele tinha ido fazer na capital americana. "Estou batalhando pelo Martin Luther King Day", ele respondeu, referindo-se à implantação de um feriado devotado à causa negra. O dia de homenagem a Martin Luther foi de fato oficializado (em 1986). E, anos depois, temos a eleição do primeiro presidente negro americano. Você pode me dizer que não teve nada a ver, mas no final das contas é tijolo sobre tijolo, pedra sobre pedra, que essas coisas vão sendo construídas.

Muito de sua obra musical vem da mistura de costumes, ritmos ou signos de que o Brasil é feito. Compartimentalizar o debate político entre ‘brancos’ e ‘negros’ pode vir a restringir as trocas culturais?

Essa não é a única compartimentalização que se nota dentro das totalidades. Compartimentalizações existem porque existem desigualdades, que precisam ser atacadas. E diferenças, que precisam ser respeitadas. Unidade não é uma abstração, é feita de partes que têm vida própria. Elas devem respeitar o sentido das totalidades, dos interesses comuns, então a política é feita disso. Se não existissem interesses particulares, não existiria política.

Como o senhor se posiciona a respeito da política de cotas para negros nas universidades?

Eis uma questão política, o ideal contemporâneo de fazer reparações, de refazer o equilíbrio que foi rompido em momentos específicos da história - como a escravidão. São técnicas de reparação. Sou a favor e tenho reiterado isso. Cotas já foram experimentadas em outros países, com êxitos e fracassos, e podem ser aplicadas no Brasil, parcialmente, periodicamente, até o momento em que funcionem ou deixem de funcionar. Experimenta, não custa nada.

Mas críticos dizem que essas ações podem reforçar a velha ideia de que a humanidade se divide em raças.

A questão não é racial, é social. São grupos humanos historicamente discriminados por alguma razão. No caso é "raça", mas há tantas outras! As políticas compensatórias da pobreza, tipo Bolsa-Família, existem por isso, por causa de desigualdades e diferenças que precisam ser atacadas por uma visão mais aprofundada de humanismo, de republicanismo, de compromisso com a democracia, com a ideia do oferecimento de oportunidades mais ou menos iguais para todos. O argumento de que essas políticas podem intensificar processos racialistas... Sim, mas aí cabe a vigilância, cuidar para que o efeito colateral do remédio não seja mais forte do que seu efeito curativo.

Em entrevista de 2005, o senhor falou de sua passagem pela Gessy Lever, na década de 60, aos 23 anos. Disse que era uma espécie de ‘experimento racial’ da empresa. De lá para cá, a inserção do negro na sociedade brasileira mudou?

Era um experimento que tinha esses componentes sociais e raciais. Eles queriam dar chance a setores das classes médias brasileiras que emergiam, para que viessem a ocupar postos de destaque, de comando, na empresa. A inserção do negro é um processo um tanto ambíguo, mas a situação tem melhorado, no estilo dois passos para frente, um para trás: se você somar, há um avanço, um deslocamento mínimo positivo. Você vê que a presença do preconceito, que era uma coisa muito forte e determinante das relações sociais no Brasil, tem se atenuado, diminuído. Estava lendo ontem mesmo sobre o ministro Joaquim Barbosa. Ele é um exemplo, é o negro que chegou ao Supremo pela primeira vez.

O Brasil é um país preconceituoso?

Não creio que seja mais do que o conjunto da sociedade humana. Está na média. De certa forma há até mais cordialidade, compreensão, interracialidade e intersociabilidade na sociedade brasileira do que em outras.

Mas a cultura afro-brasileira é reconhecida como deveria no País? Grupos evangélicos de Salvador, por exemplo, estão tentando substituir o termo ‘acarajé’ por ‘bolinho de Cristo’ ou ‘acarajé de Jesus’.

Isso é, de novo, questão política. Quarenta anos atrás era a Igreja católica que, de certa forma, tentava se opor à proliferação e disseminação dos cultos de origem africana. E se associava ao Estado nessa tentativa de interdição do candomblé e da umbanda. Depois a igreja cedeu espaço, assim como o Estado: em 1972, na Bahia, caiu a lei que interditava os candomblés e os obrigava a tirar licença municipal para funcionar. E passaram, como qualquer outra religião, a ter garantido o seu direito de liberdade de culto. Agora os evangélicos, na sua emergência e luta por espaço político, se opõem aos católicos, aos cultos afro-brasileiros, etc. São grupos com novos apetites políticos.

Apetites que representam alguma ameaça?

Ameaças há. No candomblé da minha mulher em Salvador houve um dia em que ela teve que confrontar um grupo de evangélicos que foi lá para a porta do terreiro e se pôs a gritar. Coisas assim acontecem. Agora, na perspectiva do deslocamento histórico, o candomblé já foi absorvido pela sociedade brasileira. E mais: está além-fronteiras, com presença forte no Uruguai, na Argentina, no Paraguai e outros países da América do Sul, tem milhões de adeptos, é respeitado. Fica restrito ao frisson político, à luta encetada por esses segmentos religiosos emergentes.

A umbanda e o candomblé perderam terreno nas favelas, onde proliferam igrejas evangélicas...

É que o garimpo dos evangélicos se faz nas classes populares, onde há uma forte presença do negro e das religiões afro-brasileiras. É por isso que atacam especificamente esses setores e recrutam contingentes para as suas igrejas.

Nos cinco anos e meio em que o senhor esteve no Ministério da Cultura, não foram poucos os que lhe perguntaram se sentia saudade da música. Tem saudade da política?

Saudade, propriamente, não. Tenho lembranças boas e um sentimento de que foi um serviço prestado com muita dedicação e alguma relevância do ponto de vista da percepção da sociedade. Foi interessante servir a um presidente que marca um momento histórico da vida republicana brasileira, que é Lula. Foi um período da minha vida pensado para ser curto e que durou quase seis anos. Está de bom tamanho (risos).

Na época, o senhor declarou que sua frustração foi não ter conseguido elevar a fatia do orçamento federal para o MinC de 0,5% para 1%. Com toda essa pujança da economia brasileira hoje, o País não aprendeu a valorizar sua cultura?

Ainda não. No sentido de alçá-la a um patamar de instituição estratégica, prioritária, com quadros, com orçamento e atenção governamental, ainda não. É preciso ir além: pensar a cultura como elemento fundamental para o desenvolvimento, para a economia e para a cidadania. Cultura já é hoje um setor importante nos PIBs de vários países. No caso do próprio Brasil, entre 5% e 7% vêm do setor. E isso vai crescer com a migração da economia do hardware para o software, dos setores pesados para os setores leves. É preciso, portanto, prestar atenção nessa tendência. Nos EUA, a maior exportação já não é de armamento, mas de produtos culturais: filmes, jogos eletrônicos, música. O Brasil se ressente de não ter uma língua de ponta para lastrear suas investidas internacionais. Mas vai melhorando diante do enfraquecimento da hegemonia dos produtos culturais de língua inglesa no mundo. Estou vendo aqui na capa da The Economist, o Cristo decolando. E também no filme 2012, sobre o fim do mundo, o Cristo surge como ícone de civilização, tanto para o bem quanto para o mal. O Brasil está chamando a atenção do mundo.

Falando em cinema, o filme ‘Lula, o Filho do Brasil’ será lançado com ingressos populares e todo um esquema de divulgação em massa, mas críticos têm apontado sua vocação como peça promocional...

Mas é promocional de quem? O filme foi feito por quem? Algum partido político ou algum ministério? É um filme que resolveram fazer sobre Lula. É a cultura que está pegando o bonde da popularidade dele, não o contrário. Óxente, estão fazendo um blockbuster com um tema popular! Agora mesmo foi lançado um filme chamado Besouro, também desenhado para ser um estouro do de bilheteria, com boa realização técnica. Ainda não o vi, mas até canto uma canção nele. Besouro é outro exemplo disso, um ídolo popular, negro, mitológico capoeirista que existiu na Bahia e é transformado em super-herói. Essa é uma tendência e o Brasil terá interesse de ocupar os espaços do grande cinema popular de massas, na linha de Os Dois Filhos de Francisco. Também no cenário musical não é mais a classe média que domina a produção. São as favelas de São Paulo e do Rio, as periferias de Salvador e Recife, que estão criando novos gêneros, ditando novas modas.

No dia de seu desligamento do ministério, o senhor disse que cederia a canção ‘Refazenda’ para divulgar ‘o avanço da agricultura familiar com os biocombustíveis’. Com a euforia do pré-sal, pouco se fala do assunto. Isso o preocupa?

Me preocupa sim. É aquela mania: acharam uma pepita de ouro, então não precisa mais trabalhar, plantar algodão, cebola. Vai viver da pepita de ouro. Não é assim. Nós estamos com a Convenção do Clima de Copenhague, que vai tratar do aquecimento global, batendo à porta. O petróleo, os combustíveis fósseis, são datados na história, ou seja, não são inesgotáveis. Está lá a luta de Obama, dos setores avançados do empresariado americano e da academia, em prol da prevalência das fontes alternativas. Não podemos nos descuidar disso. A instituição do meio ambiente no Brasil precisa ser fortalecida. É a mesma questão da cultura: o ministério do Meio Ambiente ainda não está à altura, não tem orçamento, quadros, prestígio ou espaço no gabinete da Presidência, do jeito que deveria ter. Lula não dá a importância que deveria dar ao Ministério do Meio Ambiente.

O senhor diria que o pré-sal é uma bênção ou uma maldição?

Nem bênção nem maldição. É um recurso adicional num setor que ainda significa riqueza. Mas é só isso. O Brasil vai ter uma folga em combustível fóssil - e isso ajuda o País a pesquisar novas alternativas energéticas. Vai inclusive poder investir mais em pesquisa.

A senadora Marina Silva deixou o PT para ingressar em seu partido, o PV, e lançar-se candidata à Presidência da República. O senhor vai mesmo apoiá-la?

Já estou na campanha dela. Não preciso nem explicar o que ela significa. É como Caetano disse: politicamente e socialmente, Marina é um Lula, é um Obama. É uma mestiça brasileira que emerge, é mulher também, preparada, sensível, culta no sentido da vida e das coisas que circulam na periferia da política, é imersa nisso tudo desde a adolescência. Gosto muito dela. Nós trabalhávamos no mesmo prédio em Brasília, convivemos muito, temos afinidades. Confio nela.

Politicamente, ela significa o novo?

Sem dúvida. É um deslocamento no sentido do avanço. Assim como Fernando Henrique foi um belo presidente para o País e deixou espaço para que Lula o sucedesse de forma ainda mais interessante, uma presidência com Marina Silva seria um avanço ainda maior para o País. Do ponto de vista simbólico e, estou seguro, também do ponto político e pragmático. Pois ela seria hábil o suficiente para se cercar do que pode haver de melhor hoje no País, estabelecer diálogos com áreas importantes do pensamento brasileiro e do empreendedorismo.

E o que o senhor achou do complemento da frase de Caetano: ‘Marina não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro’?

Caetano disse claramente nas explicações que deu depois da entrevista, que foi apenas descritivo. Quis dizer uma coisa que é pública no Brasil: os linguistas aplaudem e o próprio Lula gosta do fato de ser visto como uma pessoa iletrada que chegou lá. Só que Caetano usou os termos mais chulos (risos) para se referir a uma coisa que todo o mundo admite, e da qual todos nos orgulhamos, o fato de um homem não letrado ter chegado à Presidência com tanto êxito.

Os discursos que fez e as conversas que teve em Brasília danificaram a sua voz. Como ela está?

Está indo bem. Voltei a cantar mais do que falar e tenho mantido cuidados fonoterápicos permanentes. Faço exercícios de voz diários para fortalecimento do aparelho vocal. Então minha voz tem estado bem melhor do que à época em que estava no ministério.

E que tal está o novo CD e DVD, o acústico ‘Bandadois’?

Havia uma demanda por parte de muita gente, fãs e amigos, para que eu me dedicasse a esse modelo simples, suave, do projeto acústico. Desde o disco Gil Luminoso (1999), que foi um projeto de voz e violão, tenho me dedicado a incursões por esse formato. Juntei-me a meu filho Bem, no Bandadois, e agora veio o Jaques Morelenbaum. Então, é um "bandatrês". Um modelo que me dá tranquilidade, é mais manso, o uso da voz é mais moderado e não tenho que brigar com a intensidade timbrística das percussões ou instrumentos elétricos. Propicia uma expressividade mais sob meu próprio domínio e batuta. Mas também gosto das performances ‘stoneanas’, tão típicas de Londres (risos).

Hoje o senhor revê Londres com alegria ou melancolia?

A lembrança daqui é boa. Ainda hoje saí à rua com a Gilda (Mattoso, assessora do cantor), vendo as pessoas, os prédios, as ruas, a arquitetura, ônibus específicos... Londres é um lugar diferente, tem sua marca própria. Dizem que a Inglaterra é a China do Ocidente.

Na entrevista que deu ao ‘Aliás’ quatro anos atrás, o senhor disse que seus filhos não iriam viver dos seus direitos autorais. Vimos, de fato, a autoria ser colocada em questão no mundo da internet. Qual é sua visão hoje?

De fato, há um desmantelamento, uma desconstrução do modelo clássico de autoria, que estava em vigência até agora. E muita coisa vira escombros, ruína, com prejuízos a grupos de interessados e titulares de direitos que viviam disso. Mas há um segundo aspecto importante no princípio do direito autoral, que é o acesso à obra, e que vem emergindo. Uma extensão imensa da acessibilidade e da própria autoralidade: falo das novas mini e microautoralidades que são proporcionadas pelo mundo digital. Todas as formas artísticas vão passar a ter uma dimensão mais pública mesmo. E para o atendimento dessa dimensão será preciso redesenhar todo um sistema legal e de direitos.

O que a sua parabólica anda captando em termos de cenário político para o Brasil?

Os fatos e os gestos internos, do próprio Brasil e do mundo, falam de forma mais eloquente do que eu poderia falar. Hoje o País é reconhecido e Lula é uma liderança mundial. Viajo pelo mundo todo e fico vendo: os repórteres só me perguntam disso, o Brasil, o Brasil. Eu fico pensando: "O que vou dizer a eles?" Não tenho nada a dizer. Eu sou o Brasil (risos).

Por Ivan Marsiglia publicado no estadão
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